sábado, 27 de fevereiro de 2010

Aconteceu...






Foi tão difícil ouvir o que você tinha pra me dizer.

Por que não me avisou o que tinha em mente ? Por que me deixou ir até você pra me dizer que tudo estava acabado? Por que teve que ser tão frio, distante?

Talvez eu já deveria saber e me neguei acreditar que algum dia isso aconteceria comigo. Foi difícil partir, mas mais difícil foi te ver partir.

Partiu sem cerimônias, sem um beijo, sem um adeus caloroso, simplesmente virou e saiu. E lá eu fiquei. Sem norte, sem rumo. Apenas o ônibus à minha frente e mais 8 horas de viagem para pensar no que aconteceu. Refazer a história para tentar achar os culpados, se é que eles existem nesse caso.

Ainda não os encontrei, por enquanto sofro comigo mesma. A primeira suspeita sou eu mesma, afinal, fui eu quem não percebi o que estava estampado em seu rosto. Talvez eu não tenha querido ver.

Eu, pelo que parece, tentei me iludir enquanto nosso tempo passava. Eu que me entreguei mesmo sabendo que de alguma forma nosso destino estava sem futuro. Mas o que é amor senão essa entrega esperançosa de achar um porto seguro em alguém?

Se não estava pronto, por que não me falou antes? Por que me deixou apaixonar-me mais por você pra depois falar que não daria mais?

Tanta coisa passou pela minha cabeça naquela hora. Tantas perguntas, possíveis respostas, nada que resistisse há alguns segundos para se perderem em minha cabeça e novamente virem as lágrimas.

Ah como chorei... Se você ao menos soubesse.

Provavelmente não faria diferença, mas de uma certa forma, gostaria que soubesse.

Agora aqui estou, tentando refazer os cacos que surgiram depois que algo em mim se quebrou.

Sofro assim por ser a primeira vez que isso acontece comigo. Nunca estive deste lado, sempre fui eu quem quebrava os vidros e os transformavam em cacos a serem reconstruídos.

Não, eu não sei colá-los ainda. Mas sei que a vidraça se reerguerá e se tornará mais forte depois disso.

Não quero que a vidraça se transforme em concreto. Quero refazê-la de forma que consiga ver outros, e, novamente me entregar.

Quero pensar que isso cooperará para melhor, tenho que pensar assim. Não quero ficar sofrendo, remoendo a dor daquele dia. Sei que algum tipo de sofrimento é necessário, viver intensamente os momentos ruins também é uma forma de carpe diem. O tempo curará as feridas, disso eu sei.

Mas, no momento, ainda dói.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

planetas...







Sempre gostei de pensar em planetas. Como já disse outras vezes, adoro o universo, o espaço, estrelas, essas coisas astronômicas. Acho tudo isso muito legal.

Sempre achei os planetas corpos interessantes. Eles mantém suas trajetórias elípticas ao redor de uma estrela, passam anos e anos no mesmo movimento, sempre ora se aproximando, ora se afastando da tal estrela.

Da mesma forma que eles se afastam e aproximam da estrela que os mantém orbitando ao seu redor, eles também se aproximam e afastam dos outros planetas à medida que suas órbitas estão sendo feitas. Os planetas mais distantes entre si, em alguma hora estarão mais perto um do outro. No entanto, em algum momento eles se afastarão também para cumprirem sua trajetória.

Sugiro que aprendamos algo com os planetas e com seu movimento. Os mundos as vezes estão perto, quase se esbarrando entre si, outras vezes estão tão distantes que nem mesmo percebemos que ainda estão lá. Não que algo mudou, apenas o seu lugar em sua trajetória o faz ficar distante.

No entanto, ele voltará para perto. A distância é apenas uma fase necessária dentro do trajeto que ele se vê obrigado a fazer.

É importante lembrar que assim como o outro, nós também somos planetas, nós também nos afastamos e saímos das vistas dos nossos vizinhos. Não que algo em nós mudou, mas tal afastamento às vezes é necessário para se manter o equilíbrio dentro do sistema.

Claro que há diferença entre nós e os planetas. Nós não estamos "condenados" a realizarmos trajetórias elípticas. Podemos fazer quaisquer trajetórias, mas é bom sabermos que assim como os planetas, alguns mundos se afastarão de nós, mas também voltarão para perto quando tiverem completado tal caminho que se fez necessário.

Exercício de suposta paciência, e esperança...

Linda dança entre os diversos mundos que habitam esse vasto universo que habitamos.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Mais um pouco sobre fé...



Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem. (Hb 11.1)

Há algum tempo que venho querendo escrever sobre fé. Nada muito teórico, apenas alguns pensamentos frutos de leituras e conversas esparsas.

Na maioria das vezes que ouvimos falar de fé, vem-se junto a palavra certeza. Afinal na maioria das traduções da bíblia o versículo primeiro de Hebreus 11 é traduzido por certeza. No entanto, sempre achei estranho a definição de fé como certeza das coisas que se esperam. Se já se tem certeza de algo, porque deveria ter fé?

Como já falei em outros textos, os evangélicos sofrem da síndrome de querer ter certeza de tudo. Não raramente ouvimos um pregador perguntar sobre a certeza da salvação, a certeza da vitória etc. (quem quiser pode conferir outros textos do blog sobre tal assunto, por exemplo "sobre morte e fé", ou "sobre fé e ontologia")

Hoje ouvi uma ilustração para falar sobre a fé. Ela seria como alguém que pega um ônibus ao centro da cidade. Mesmo sabendo que o ônibus pode não chegar ao centro, nós acreditaríamos que ele chegará.

O que achei estranho em tal ilustração é que, se pegamos um ônibus sabendo que ele vai para o centro, se ele não chegar ao centro, sabemos que aconteceu algo no caminho. No entanto, acho que a fé consiste em pegar um ônibus, sem saber pra onde ele vai, nem de onde ele está vindo. Pegamos no meio do caminho. Não temos certeza de nada, nem sabemos se pegamos o ônibus certo, no entanto confiamos piamente que aquele ônibus nos levará para onde queremos ir. (Uma abordagem próxima a isso é defendida por Althusser em seu materialismo aleatório, mas claro num contexto não religioso, e no caso específico de Althusser, desceríamos do ônibus antes dele chegar ao fim, pois tal fim não existiria)

Kierkegaard no entanto nos mostra a fé como um "salto no escuro". Não temos certeza de onde cairemos, não temos garantias nenhuma se o que acreditamos está certo. Por isso que penso que a fé como fundamento das coisas que não se vêem faz mais sentido que "certeza das coisas que não se vêem".

Se a fé é fundamento, então é ela que "quer" que aquilo que eu tenha fé, seja realmente existente. Não é porque a coisa existe que eu acredito nela, mas o processo é inverso. A coisa existe porque eu tenho fé que ela existe.

Por favor, não caiamos na associação direta de achar então que qualquer coisa que eu acredite que exista, existe. Não é isso, mesmo porque isso não faz sentido algum.

A fé coloca o homem diante de uma questão existencial. O homem está disposto a colocar sua vida inteira sobre o esse fundamento. Isso, portanto, não é mera "crença", ou mero "acho que". A fé coloca a questão da vida e da morte em sua esteira. Por isso ela não é qualquer fundamento, mas sim, um firme fundamento. Ela não está pautada em um "achismo", mas está existencialmente arraigada no ser humano.

O homem que dá o salto no escuro, se coloca diante da vida de uma forma diferente. A partir daquilo em que ele crê, ele passa a agir de forma diferente no mundo. Kierkegaard chama esse indivíduo de "cavaleiro da fé". No entanto, tal salto nunca dá certeza de nada. Não há garantias, não há certezas. O que há é um indivíduo diante da morte tentando dá sentido à sua vida, e para dar esse sentido, é preciso que ele acredite, que ele fie toda sua existência em algo, que segundo o texto não pode ser visto.

Já nos diria Saint Exùpery "O essencial é invisível aos olhos".

A fé é portanto, o fundamento das coisas que não se vêem . É ela a base das coisas que se espera, uma vez que somente pela fé que esperamos algo que não vemos, e por isso é ela mesma a prova das coisas que não se vêem.

O que não é visto é "provado" pela fé que "cria" os objetos de sua crença. Como citado acima, não é porque a coisa existe que acredita-se nela, mas é porque eu acredito nela que é possível que a fé seja o "firme fundamento" das coisas que se esperam e a prova das coisas que não se vêem.

A tradução de King James, afirma "Now faith is the substance of things hoped for, the evidence of things not seen". Interessante notar que King James não coloca "provas" das coisas que não se vêem, mas "evidência".

Fé não é certeza, evidência não é verdade.

Interessante notar aqui que Jesus afirma que a fé vem pelo ouvir. Ela não vem pelo ver, afinal se já vemos, não precisamos ter fé. No ouvir, a única coisa que se faz presente é a palavra, nada mais. Portanto, a fé vem com a palavra. Palavra que dá sentido, palavra que cria mundos, palavra que dá vida, verbo. Verbo se fazendo carne através das novas atitudes que brotaram ao ouvir tal palavra.

Poderíamos abordar a temática da fé por um tipo de "materialismo sociológico" e afirmar que as palavras ouvidas por uma tradição são interiorizadas em nossa consciência, depois objetivadas e se transformam em ontologia, se tornam existentes independentes do ser que as criou primeiramente. As palavras ganham vida, e, num processo de objetivação bem sucedido, tal mundo criado pela tradição se torna "óbvio", e portanto, não há como não crer que tal mundo se segue como descrito.

Notamos que tanto no primeiro caso, quanto no segundo a fé é o fundamento das coisas que esperamos, e é ela mesma a prova (ou evidência) das coisas que não se vêem, pois apenas por um ato de fé que criamos tais coisas e nos fiamos nela de tal forma que toda a nossa vida depende de tal fundamento.

Interessante notar que não é preciso nenhuma metafísica para a fé fazer sentido. Não precisamos postular nenhuma metafísica para dá à fé um status de grande importância na vida humana. A fé não é uma questão metafísica, ela é uma ação do homem frente ao mundo na busca por um sentido. Sentido esse só adquirido a partir do fundamento da fé.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Gostaria de saber...




Gostaria de saber

Por que reergueste o muro que parecia próximo a queda?
Por que ages como se estivéssemos a quilômetros de distância?
Longe o bastante para que nenhuma palavra que eu diga te alcance?
Longe o bastante para não perceber que nada mudou?

Todos nós temos muros, todos nós nunca nos revelamos como somos
Sempre escondemos algo das pessoas, nunca somos transparentes o suficiente.
Talvez seja isso uma forma de defesa.

Eu só gostaria de saber se estamos bem.
Só gostaria de saber se ainda temos algo
Se ainda poderemos habitar o mesmo espaço que sempre habitamos.
Saber se é apenas um período, uma fase, ou é algo que decidiste para a vida.

Sei que não gosta de prospectos, sei que prefere ver o que acontecerá
Não criamos expectativas, afinal, elas só servem para nos frustrar quando não são correspondidas.

Mas mesmo assim gostaria de saber... Mesmo sabendo que talvez nunca saberei
Ainda assim gostaria de saber...

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Considerações "teológicas" sobre assuntos pouco discutidos





"Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?" 2cor 6:14

" Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado." IJo 4:7

"Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis." Mt 7:17-20


Outro dia conversando sobre questões bíblicas falávamos sobre jugo desigual.
Algo interessante que conversávamos é que geralmente quando se fala em jugo desigual, a primeira coisa que vem à cabeça é a união entre pessoas de religiões diferentes. União essa que pode ser matrimonial, empresarial etc.

Meu colega com quem conversava é testemunha de Jeová. Para ele, o ideal é que ele se case com uma pessoa que também seja testemunha de Jeová. Penso que se formos conversar com evangélicos, a mesma idéia pairará sobre a grande maioria. Vários usarão o versículo de 2coríntios para justificar tal prática.

O argumento básico prefigura que o indivíduo da religião A se encontra na luz, enquanto o indivíduo da religião B se encontra nas trevas, por isso não poderia haver uma união entre ambos.

Algo interessante sobre tal argumento é que "luz e trevas" se coloca no âmbito institucional, e posteriormente se coloca no nível ontológico.

Não se deve unir com o indivíduo de outra instituição religiosa, i.e, que adota um outro discurso sobre o mundo, porque se estará desobedecendo um "princípio sagrado" sob pena da maldição advir sobre quem praticar tal ato.

Por exemplo, ouvimos sempre a idéia de que a união desagrada a Deus, de que o lar não será abençoado, chega-se até a orar para que o relacionamento acabe de forma a levar o indivíduo a andar "no caminho correto". Tal união não pode acontecer. Ela perturba o status do mundo criado pelos indivíduos.

É uma forma de manter a "pureza da instituição privilegiada" face ao mundo de caos que habita tudo fora dela. (Afinal, dentro de toda religião é preciso que haja um discurso legitimador que fará com que o discurso adotado em tal comunidade adquira um estado de ordem e de obviedade. É apenas tal discurso legitimador que permite afirmar que a religião A é luz, e a religião B é trevas, ao passo que o discurso na religião B, dirá exatamente o contrário) Por isso, todo novo discurso que venha abalar o mundo legitimado pelo discurso oficial deve ser barrado.

A união com o indivíduo de outra religião prefigura uma subversão da ordem, uma mistura de discursos que não pode ser aceito e para isso cria-se medidas restritivas para impedir que tal união aconteça.

Uma das práticas mais comuns é usar a Bíblia para legitimar a proibição. Daí o uso do versículo de Paulo. Fala-se então de "jugo desigual", "luz e trevas". O nível institucional transforma-se em ontológico.

O indivíduo não desrespeita apenas a instituição que frequenta, não infrige apenas o "discurso" adotado pela comunidade, mas desrepeita toda a ordem sagrada que, nesse caso é quem impede a união entre A e B. O uso da Bíblia legitima o discurso religioso que impede a união entre o indivíduo da instituição A com o da instituição B.

Essa proibição, sendo legitimada pelo uso da bíblia, se torna inquestionável. Ela não se funda na opinião do líder, mas na "palavra de Deus". O indivíduo discordante, discorda de Deus, discorda do papel que Deus lhe deu, vai contra a ordem divina, e por isso deve ser "advertido" ou "ensinado" sobre qual caminho deverá seguir.

A didática adotada para "ensinar" o fiel geralmente implica em isolamento, afastamento das atividades exercidas na igreja etc. A meu ver, nada muito promissor para o fim desejado.


No entanto, se olharmos o que Jesus aponta quando falava ao povo, veremos que nós não conhecemos luz e trevas pelos discursos que adotam, mas pelas obras que praticam.

Nesse caso, luz e trevas não se coloca no nível institucional, mas no nível da ação. Afinal, não pode uma árvore má produzir frutos bons, pelos frutos conheceremos a árvore. Independente do discurso adotado, se os frutos são bons, então a árvore é boa, e se a árvore é boa, como ela não poderia "estar na luz?", e se está na luz, o que impede a união?

João aponta que se andarmos na luz teremos comunhão um com os outros, logo podemos afirmar que quem tem comunhão um com os outros está andando na luz. João não fala sobre o discurso adotado, mas fala apenas sobre a prática envolvida.


Percebemos que a proposta de Cristo está para além de um discurso. A proposta de Jesus é o de agregação. "Quem não é contra mim é por mim" e não o de desagregação. Podemos notar que o discurso adotado hoje nas instituições evangélicas está longe da proposta do Cristo. Vive-se hoje querendo separar o joio do trigo, função esta que não nos cabe, mas apenas ao dono do terreno.

Como podemos notar, o jugo desigual não se prefigura pela diferença dos discursos adotados sobre o mundo, sobre deus etc. Penso que o jugo desigual se prefigura quando há uma separação substancial entre objetivos, afetos, valores, etc. Coisas muito mais importantes que os terrenos metafísicos habitados por cada um. "Como andarão dois juntos se não houver entre eles acordo?" já nos perguntava o boiadeiro. Penso que quando não compartilhamos estes requisitos, nos colocamos em jugo desigual. Se temos objetivos diferentes, valores diferentes, afeições diferentes um para com o outro, como poderemos andar juntos? Como poderemos dividir o jugo? Com certeza um sobrecarregará mais que o outro e o caminho ficará mais difícil.

Novamente vemos que o problema se revela no campo da prática e não no campo do discurso.

Ajuntamos pela palavra e separamos pela palavra.
Criamos mundos assim como Deus fez, e também o fazemos pela palavra.

Infelizmente nos mundos que criamos dizemos "ajuntem-se os que defendem o mesmo discurso que eu", mas também falamos "faça-se separação entre falantes de discursos diferentes." E assim mundos são criados, cada vez mais restritos, cada vez mais dogmáticos e frios.

Penso que agiríamos melhor se ajuntássemos os discursos diferentes e fizéssemos separação das práticas diferentes.

Talvez assim poderíamos fazer vir a nós o reino de Deus.

Disse Jesus: "Tomai sobre vós o meu jugo."

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Sem título






Desejaria que talvez nesse universo gélido, nesse mundo tão apático que criamos, o sol brilhasse mesmo que parcamente e fizesse florescer novamente aquilo que um dia foi nosso jardim.

Gostaria que mesmo nos dias mais agitados pudéssemos encontrar novamente o brilho de uma época que passou e parece, não voltará mais.

As vezes vejo a possibilidade de que meu ceticismo a respeito da mudança da situação seja apenas ilusório, seja nada além de mero ato performático, ou uma tempestade em copo d'água, ou muito barulho por nada. Sinceramente gostaria de estar certo sobre isso que as vezes penso que vejo.

Palavras de lamúrias para uma fase não tão simples. Um dia que parece que não há ninguém por perto, um dia que parece que por mais que se grite ninguém ouvirá.

E o pior de tudo. Ninguém se importa. Ninguém te perguntará o que está acontecendo. Ninguém se incomodará com sua vida medíocre. Ninguém surgirá como aquele que será luz em meio as trevas.

Enquanto isso a vida passa, segue seu curso. No meio dos constantes afazeres esquecemos de quem se importa conosco. Vivemos como se todos nossos projetos fossem mais importantes do que as pessoas que nos cercam.

Talvez estejamos condenados à infelicidade de uma vida sem sentido. Sinceramente espero que isso não seja verdade, embora no momento, seja isso o que sobressai.

Pemanecem, no entanto, a fé, a esperança e o amor.