domingo, 26 de abril de 2015
Mais uma do Horácio
Horácio era desses que sofria por muito pouca coisa.
Bastava uma resposta mais ríspida de alguém mais próximo que aquilo virava um turbilhão em sua cabeça. Não que levasse a coisa para um lado pessoal, mas aquilo o remetia a um questionar sobre o mundo e sobre a vida de uma forma que a depressão quase o assolava.
Juntamente com a depressão rondante, uma culpabilização o atormentava, e o atormentava de tal forma que o fazia sentir-se o pior dos seres humanos ao mesmo tempo que demonstrava toda a sua carência de forma muito latente. Era como se ele se sentisse responsável por tudo e todos nesses pequenos momentos. Ao mesmo tempo que gostaria de fazer algo para se tirar do buraco em que sempre se metia, ao mesmo tempo mantinha uma certa felicidade nessa culpabilização que talvez por conta disso sempre retornava de alguma forma.
Ao mesmo tempo, era como se a qualquer perturbação na ordem das coisas fosse o suficiente para que nada mais fizesse sentido.Um caráter obsessivo o seguia sempre de forma que não era raro vê-lo cabisbaixo pelos cantos dos lugares mesmo em momentos festivos. Como alguém que perde o olhar no tempo. Era um sujeito estranho que se entretia com muito pouca coisa, mas ao mesmo tempo se sentia extremamente entediado na maioria das vezes.
Estas características de Horácio não raras vezes o levava para as redes sociais, afinal, lá era possível não apenas se entreter, mas também uma forma de se sentir próximo a algumas outras pessoas de um círculo mais largo criando nele a leve sensação de companhia da qual várias vezes sentia falta. Era como se nas redes sociais ele pudesse ser realmente quem ele queria, e não raras vezes podíamos vê-lo postando fotos de momentos felizes, viagens, ou até mesmo frases de efeito ou reportagens de cunho críticos mais tendenciosos à esquerda arrastando consigo vários "likes" e "comments" e algumas vezes até "retweets". Isso dava a ele uma leve sensação de paz e por isso, sempre que podia, fazia questão de dar a sua contribuição nas redes sociais.
A felicidade das redes sociais apenas escondia essa insatisfação latente a que remetíamos mais acima, funcionava bem como uma válvula de escape. Nesse sentido, nada de especial havia em Horácio. Ele era apenas mais um que fazia das redes sociais uma espécie de alter-ego idealizado onde tudo é mais bonito que a realidade, onde apenas as vitórias contam, onde não há lugar para a crueza da vida, mas apenas a vida vivida como conto de fadas.
Obviamente que essa fuga não resolvia o problema de Horácio consigo mesmo e muito menos reduzia a sua culpabilização ou a sua obsessividade. Era apenas mais um placebo da vida que ele insistia em tomar como forma de achar que está se tratando de algo.
Curioso esse Horácio que na sua especificidade se mostra apenas como mais um de nós.
Marcadores:
Horácio
Filósofo. Especialista em Teologia. Mestre em Filosofia. Doutor em Psicologia. Doutor em Filosofia.
quinta-feira, 23 de abril de 2015
A falácia do "cristianismo autêntico" e o fim da religião
Sempre fui meio contra quem afirma que toda instituição religiosa seria uma espécie de "túmulo da religião", ou que a religião mesma seria uma espécie de "túmulo do cristianismo autêntico". Para mim esse tipo de discurso traz em si mesmo um grande desentendimento a respeito do que se fala.
Primeiramente que acho muito complicado confundir a religião propriamente dita com a “religião institucionalizada”. A religião propriamente dita se define muito por uma relação do indivíduo com o sagrado e remete a uma dimensão social, uma vez que toda a religião pressupõe uma dimensão comunitária. A religião portanto pode ser considerada como um recorte na dimensão do sagrado, ou seja, uma tentativa de dizer algo sobre o sagrado a partir de um determinado lugar visando dar ao ser humano uma resposta à questão sobre o sentido de sua existência. A religião surge nessa tentativa de dizer o desconhecido, uma tentativa de colocar o mundo dentro de algo que possa ser amado por esse homem.
A religião institucionalizada acontece em um momento posterior à criação de qualquer religião sendo portanto um recorte na própria religião. A instituição religiosa se caracteriza por uma cristalização de uma determinada religião. É nesse estágio que se conhecem os dogmas, que se criam as hierarquias, etc. É aqui que falamos por exemplo de catolicismo, protestantismo, islamismo, etc. Ou seja, a institucionalização religiosa se dá como uma tentativa de organizar aquela primeira relação do indivíduo com o sagrado.
Dentro dessas religiões institucionalizadas temos as igrejas que funcionam como pequenas “empresas religiosas”, ou seja, se colocam como um lugar onde determinado recorte religioso será celebrado e não raras vezes absolutizado como única forma possível de vivência religiosa. Geralmente é nesse nível que acontecem os dogmatismos, os escândalos, as coisas non-senses que vemos todos os dias nos jornais e redes sociais. Percebe-se que há uma distância muito grande entre o que chamamos de “religião”, “religião institucionalizada” e o que aqui chamamos “empresa religiosa”.
Esclarecido isso passo a comentar a segunda parte daquilo que me incomoda que é o de sempre ouvir que “a religião seria uma espécie de túmulo do cristianismo autêntico”. Primeiramente acho de uma pretensão enorme alguém afirmar que sabe o que seria um “cristianismo autêntico”.
Esse conceito de “autenticidade” é muito espantoso; tão espantoso que Charles Taylor dedica um capítulo inteiro do seu monumental livro “Uma era secular” para falar da “era da autenticidade” tentando mostrar como que a era contemporânea se caracterizaria por uma busca de uma autenticidade como forma de responder ao esvaziamento das grandes narrativas. Dessa forma, afirmar que se saberia o que seria o cristianismo autêntico soa muito pretensioso para mim, e por trás desse tipo de discurso parece se mostrar uma tentativa escondida de fundamentalismo uma vez que ao se colocar como alguém que viveria tal “cristianismo autêntico” o indivíduo é capaz de se colocar como crítico de todas as outras expressões cristãs em nome de uma determinada visão que de alguma forma julga ser a “mais autêntica”.
Qualquer pessoa com o mínimo de bom senso é capaz de compreender que todo texto é escrito de um determinado lugar, a partir da vivência de quem escreve. Da mesma forma o texto bíblico não tem como não possuir essa característica. Assim, podemos compreender que o livro de Atos e as cartas de Paulo (que atestam o início do cristianismo) também são escritos a partir de um contexto determinado, visando resolver ou esclarecer questões determinadas dentro da comunidade em que viviam.
O livro de Atos, tão aclamado por aqueles que dizem estar “voltando ao cristianismo autêntico” relata o que o próprio nome do livro já diz, ou seja, os atos dos apóstolos, que tinham demandas específicas dentro de um contexto específico e viam que fazer da forma como eles se propuseram a fazer seria a melhor forma de resolver os problemas que eles enfrentavam na época. Isso não torna a vivência “cristã” dos apóstolos mais “cristã” do que a vivência de outros cristãos, de forma que basear no livro de Atos como forma de defender um “cristianismo autêntico” é no mínimo estranho. A ideia de um cristianismo primitivo me soa mais interessante uma vez que eles sem dúvida são os primeiros cristãos.
Portanto, me incomoda bastante esse discurso em voga hoje advindos de alguns pastores tais como “Caio Fábio”, “Ed Kivitz”, etc. (ou a leitura que vemos sobre eles) no que tange a essa separação entre “religião” e “cristianismo” tentando sempre mostrar que o “cristianismo autêntico” poria fim à religião. Essa ideia apenas demonstra uma confusão conceitual grave a meu ver. Deixo claro que não tenho nada contra esses pastores que cito aqui. Apenas os cito por serem espécie de ícones desse movimento no Brasil. A proposta de um discurso mais centrado advindos desses pastores é algo digno de ser ressaltado aqui. Embora eu particularmente tenha algumas ressalvas quanto a algumas opiniões de ambos acredito que eles prestam um serviço muito bom para a população evangélica. O que não se pode fazer é começar a idolatrar ou até mesmo repetir ad nauseam os discursos desses pastores sem uma visão crítica sobre o que falam. Tendência essa que vemos muito facilmente principalmente nas redes sociais.
Afirmar, igual várias vezes ouvimos, que o cristianismo não é uma religião, a meu ver é desconhecer ambos os termos. Jesus realmente não veio fundar uma religião, nem muito menos afirmar que era Deus encarnado (aqui recomendo enfáticamente a leitura do maravilhoso texto do John Hick chamado “A metáfora do deus encarnado), nem muito menos se mostrar como baluarte de uma nova moralidade, mas veio como um homem judeu que foi morto pelo seu modo de vida que se mostrou como completamente subversivo para o governo romano; e toda essa “subversividade” se deu em nome daquilo que chamamos “amor”. Ou seja, em nome do amor ele foi capaz de dar a vida por seus amigos como nos relata João nos evangelhos.
Concluindo, penso que faz muito pouco sentido afirmar que a instituição seria uma espécie de "túmulo da religião", e afirmar que a religião mesma seria uma espécie de "túmulo do cristianismo autêntico". Isso demonstra um grande desentendimento dos termos envolvidos além de demonstrar uma tentativa que pode esconder em si um ar de fundamentalismo.
Filósofo. Especialista em Teologia. Mestre em Filosofia. Doutor em Psicologia. Doutor em Filosofia.
segunda-feira, 6 de abril de 2015
Um Deus sádico nunca poderá nos salvar
Uma coisa que sempre achei bem estranho, embora tenha aceitado por muito tempo é a noção de que Deus estaria de alguma forma usando o "deserto" para nos testar.
Sempre quando alguém falava algo desse tipo me vinha à mente a ideia de um Deus sádico que gosta de atormentar os seus filhos para que eles aprendam "a qualquer custo" seja lá o que for.
Essa mesma visão de um Deus sádico sustentada por uma leitura literalista do texto de Jó sempre me deixou bastante inconformado.
De alguma forma parece que esse "Deus" precisa que alguém sofra para que ele possa ensinar algo, como se de alguma forma o mais importante não fosse o ensino e sim a sofrência do impotente. É a figura do Deus que usa o câncer para ensinar alguém, ou leva fulano de tal à falência para fazer o sujeito se converter, etc.
Para mim essa forma de pensar a figura de Deus é extremamente infantil e extremamente injustificada, pois afirmar que "os pensamentos de Deus são maiores que os meus pensamentos" em nada retira desse Deus o seu caráter sádico que algumas pessoas insistem em colocar como característica Dele.
Por trás da permissão para o sadismo de Deus está o conforto que a noção de onipotência divina traz para aqueles que preferem não encarar a dureza da vida, mas preferem se ancorar em uma visão paternalista de um Deus que o próprio Jesus demonstrou na cruz não ser assim sempre tão presente.
Esse Deus que visa responder todas as faltas, ser aquele que tampa a falta estrutural do humano aparece sempre como uma grande ilusão, uma tentativa desesperada do ser humano de lidar com aquele desamparo que é estrutural, mas sem aceitá-lo, e por isso várias vezes esse Deus adquire essa fase sádica. No entanto esse sadismo se mostra como sombra imperceptível diante do discurso da onipotência divina que tem "pensamentos mais altos que os nossos" e por isso tem todas as ações justificadas por sempre saber o que virá mais a frente.
Esse mesmo Deus sádico se mostra também na doutrina da retribuição tão cara à maioria do antigo testamento em que a visão de Deus recorrente era a daquele que deveria abençoar apenas os que fizessem tudo corretamente e deveria punir àqueles que não agissem da forma como prescrita por Ele. Talvez um dos textos onde essa proposta apareceria de forma mais veemente seja Deuteronômio 28 em que as bençãos e maldições são descritas de forma circunstancial, "Se me obedecerdes essas bençãos seguirão", "se não obedecerdes essas maldições seguirão", um detalhe interessante é que constam 13 versículos sobre as bençãos e 53 versículos sobre as maldições, o que a meu ver nos diz muito da visão sádica que se tinha de Deus na época da escrita do texto.
Algo que talvez achamos estar tão afastados de nós ainda é visto com muita força em diversos lugares, igrejas, redes sociais, ou seja, essa mesma ideia de que Deus estaria usando o sofrimento para aprendizado, ou até recompensando os bons e punindo os maus, mesmo quando já no Eclesiastes essa ideia é fortemente questionada. E aqui é interessante notar como que a crítica do Eclesiastes é bastante ignorada por vários até hoje; É como se confirmasse aquilo que falamos mais acima de que uma visão sádica de Deus fosse algo preferível a assumir a ideia de um Deus não tão potente assim.
"Apenas um Deus fraco pode nos salvar" já afirmava Žižek e aqui concordo com ele, pois esse Deus fraco se mostra como antítese daquele Deus sádico que insistimos em manter por perto como forma de aplacar a nossa dor de existir. Esse Deus fraco pode ser visto na pessoa de Jesus que experimenta o abandono, que não oferece todas as respostas, que sofre com a injustiça, que não se conforma com a exploração do templo, etc. Esse Deus fraco aparece também hoje em nossa época na qual não se há respostas definitivas para nada. Um Deus todo poderoso pouco tem a dizer para a nossa hipermodernidade.
Na ausência das respostas definitivas o que aparece é apenas uma pequena voz que clama no deserto. E aqui o deserto não se mostra como "lugar onde Deus nos testa", mas sim como o único lugar onde Deus pode se fazer presente; Esse Deus não mais visto como um Deus sádico que deseja obediência a todo custo, mas visto agora como algo ou alguém que se apresenta para o homem em meio à falta que não será aplacada por nada. Ao invés de um Deus que aparece como algo que tampará a falta do sujeito, um Deus que se apresenta como um grande vazio, mas que por ser um grande vazio é passível de se tornar um grande sentido para o sujeito.
Se a visão de um Deus sádico nos conforta por conta da sua suposta onipotência que o desculpa por todas as suas ações, a visão de um Deus fraco nos coloca diante da nossa própria existência nos responsabilizando por nossas próprias ações sem ninguém além de nós mesmos para culparmos. Ao invés de um Deus infantilizado, um Deus que se mostra de outra forma, ou seja, o Deus de Jesus, que longe de dar todas as respostas, se mostra presente apenas em sua ausência e por isso se constitui sempre um possível horizonte para o sujeito.
Filósofo. Especialista em Teologia. Mestre em Filosofia. Doutor em Psicologia. Doutor em Filosofia.
sábado, 4 de abril de 2015
"Vocês coam o mosquito e engolem o camelo" Mt 23,24
Cada dia que passa fico achando mais sem sentido várias coisas que vejo online. Com as redes sociais transformadas em um grande power point, os discursos religiosos e ateus fundametalistas encontram uma boa forma de se propagar. Curiosamente vejo mais discursos religiosos de cunho fundamentalistas que discursos ateus fundamentalistas. Como dizia o Rubem Alves, a questão do fundamentalista não é nunca "o que ele fala", mas sim "a forma como ele fala". Ao se colocar como arauto de uma verdade revelada, interpretada unicamente, eterna e imutável, o fundamentalista fecha as portas ao diálogo. Afinal, continua o Rubem Alves, quem está com a verdade não precisa discutir. Em relação a verdade ou se aceita ou não se aceita. Daí podermos colocar no mesmo bojo os diversos fundamentalismos, não apenas os religiosos, mas também os políticos e todos os outros fundamentalismos que vemos todos os dias nas redes sociais.
Obviamente, as redes sociais não dão condições para discutir estas questões que exigem uma argumentação mais elaboradas, no entanto é curioso notar como que os discursos fundamentalistas encontram um bom meio para se propagar.
Os discursos religiosos encontrados no facebook são extremamente curiosos pois insistem em uma dicotomia enorme entre Deus e o diabo, entre o homem e Deus, entre o certo e errado. Tudo muito hermético, encerrado em pólos muito distintos. Percebe-se claramente uma visão de Deus muito condicionada a idéia daquele que "controla" todas as coisas, "está no domínio", um homem que "tem que obedecer". A doutrina da retribuição também é visível em vários post tais como "faça a sua parte que Deus olha por ti", ou ainda um moralismo permeado de metafísica. Outro dia vi um post com a foto do Lucinho que me pareceu extremamente ridículo. a frase era "Se o pecado é o alimento dos demonios, coloque-os para jeujar". Desde quando pecado alimenta demônio? Desde quando isso faz algum sentido?
Mas a questão é toda essa. A coisa não precisa fazer sentido algum para ser compartilhada nas redes sociais. Ela precisa apenas ser dita. Se alguém achar que isso minimamente é passível de algum tipo de compartilhamento, lá está a coisa rondando a sua timeline sem que vc nada possa fazer para mudar a situação.
Se pararmos para observar veremos que os que mais compartilham textos bíblicos não raras vezes são os que menos leem o texto bíblico. Isso fica óbvio porque se lessem não compartilhariam os textos que compartilham no contexto em que compartilham. Resumindo, a ideia de que o facebook é um lugar onde a qualquer momento qualquer pessoa pode postar o que quiser traz consigo uma gama de opiniões e soluções que beiram a loucura.
A imediatez das opiniões, o "ter que opinar" sobre tudo o tempo todo, o fato de ser exigido quase sempre uma postura sobre temas extremamente diversos acaba por exacerbar o que há talvez de mais ridículo nas pessoas.
Tem um menor de idade segurando uma arma? É claro que não se pode defender esses "menores" que não tem idade para serem presos, mas tem idade para matar. E como que por um passe de mágica lógica, o próximo discurso é: "É óbvio que se deve diminuir a maioridade penal". Assim, rápido e rasteiramente, sem nenhuma análise pormenorizada, sem nenhum contexto mais amplo, a partir de um vídeo que se viu no Facebook, é proposta uma alteração na lei do país como forma de "resolver todos os problemas".
Essa tentativa de dicotomizar as coisas me gera muita estranheza, e a meu ver demonstra um caráter extremamente infantil que não aceita o cinza como uma proposta válida para as coisas. É como se tudo tivesse que ser ou bom ou mau, não cabendo nada no meio das duas propostas. Sabemos que o mundo é muito mais complexo do que nos faz crer algumas posturas tomadas no Facebook ou nas outras redes sociais, no entanto parece que quando estamos atrás do computador e diante da rede social essa nossa análise das complexidades dos fatos mais quotidianos se esvai e ficamos como que ávidos por emitir alguma opinião sobre algo. Independente de ser uma opinião ponderada ou uma opinião fanática.
Destila-se o ódio "em nome do amor", destila-se o rigor da lei "em detrimento da vida do outro", e cada vez mais vemos esse tipo de postura aumentando. Não acredito que as redes sociais tenham feito as pessoas mudarem, apenas penso que as redes sociais desinibiu o sujeito de mostrar a sua faceta mais escura. E quando vemos isso vindo de pessoas que supostamente deveriam trazer consigo um discurso pautado no interesse no próximo, pautado no amor (haja visto que essa é a proposta mais fundamental do cristianismo), é extremamente preocupante, pois revela que o cristianismo tem se enveredado por um caminho também extremamente escuro.
E mais de 2000 anos depois cá novamente ecoam as palavras de Jesus. "vocês coam o mosquito e engolem o camelo" Mt 23,24
Filósofo. Especialista em Teologia. Mestre em Filosofia. Doutor em Psicologia. Doutor em Filosofia.
Assinar:
Postagens (Atom)