terça-feira, 17 de maio de 2011

28 anos, Existencialmente...








E o que dizer quando o ano acaba
Quando as folhas caem
Quando o tempo fecha?

O que dizer quando a dor aparece
Quando nada acontece
E perde-se tudo o que se tem?

O que dizer quando o novo começa
Quando o que se admira volta
Quando a alegria vem?

Palavras pra que? Se elas não expressam o que queremos?
Poesias pra que? se elas provavelmente não serão compreendidas?
Impasse epistemico-linguístico.

E de repente ficamos como quem sonha,
Mas o sonho também incompreendido...

Restando talvez um mero olhar diante do inexplicável
Mero buscar de um sentido que talvez não exista.
E no tatear diante do mundo desconhecido,
Vamos vivendo procurando dias felizes...



terça-feira, 10 de maio de 2011

Espera








E de repente,
fico como quem espera.

Observo as plantas, as construções, as árvores ao meu redor,
Mas fico como quem espera,

Espero uma presença que talvez nunca virá,
um sorriso que nunca chegará,
uma palavra que nunca se ouvirá.

Mas ainda assim, fico como quem espera...

Espero a nuvem que não passará
A chuva que não virá
A angústia que não passará

Mas ainda assim, fico como quem espera.

Nesse esperar, me constituo como homem
Mesmo esperando o tudo que talvez se revelará em nada

Ainda assim, fico como quem espera.