quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Sonhos...








Mundos periféricos habitados por inúmeras pessoas...

Ah, entre elas, habita talvez a mais interessante
Nada de especial, apenas talvez um mero olhar
Olhar revelador para quem sabe ler
Que oculta para os que não sabem.

Sua vida não tem nada de especial
É apenas mais uma dentre tantas outras
Vida talvez comum, mas cheia de esplendor e sonhos

Sonhos que são sempre especiais para quem sonha.

Mas quem não tem sonhos?
sonhos que vêm, vão, se realizam, nos revela

Eles antes vistos como presságio dos deuses
Agora visto como revelação nossa a nós mesmos
Desmitificação freudiana em um terreno pouco habitado até então.

Sonhos,
Aquilo que nos move, que nos instiga a prosseguir
na tentativa que eles virem outro tipo de realidade.

Sonhos,
Manifestação do desejo inconsciente que habita nossas profundezas
Sempre presente, mesmo quando irrealizável
Mesmo quando realizável

Desejo de desejo
Desejo de vazio

A partir deles tentamos criar um mundo que nos dará esperança
Esperança esta, nascida do sonho,
Nascido de dentro de nós para que talvez possa transformar as coisas fora de nós.

Sonhos...

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Virando as páginas








Página virada é sempre motivo de esperança,
Nunca se sabe o que virá na próxima página.
Pode ser que venham boas surpresas,
As vezes não tão boas assim.

Sem virar as páginas não caminhamos em nossa leitura,
Ficaríamos sempre lendo a mesma coisa sem nunca avançarmos e concluirmos nosso objetivo proposto, ou seja, o término do livro.

Poderíamos, claro, ficar lendo as mesmas letras sempre pensando que se as lermos novamente elas mudarão seu sentido, mudarão sua forma e nos faria diferente do que somos.

Mas não é assim. As páginas relidas serão sempre as mesmas páginas, e por mais que haja algo novo nelas, ainda assim serão sempre as mesmas palavras que nos trouxe ou sofrimento ou alegria que estarão lá da mesma forma.

Virar a página constitui um salto no escuro, atitude de fé rumo a algo meramente previsto, mas nunca sabido de antemão.

Nos lançamos rumo ao novo, torcendo para que a nova página seja melhor que aquela que viramos.

Claro que há páginas e páginas. Há aquelas que nos deleitamos e não queremos que elas acabem nunca, gostaríamos que elas fossem pra sempre, que durassem, que não precisassem ser viradas.
Há outras que torcemos para que passem rápido, pois não aguentamos mais ler tão enfadonhas palavras.

Mas todo virar de página traz em si a esperança de que algo melhor virá para a trama da nossa história.

Viremos as páginas e sigamos em frente, sem saber o que nos aguarda no futuro.
Isso é motivo de alegria. A ignorancia em relação ao futuro é o que nos faz virar as páginas.

Pura esperanca de que a alegria será maior na próxima página.