quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Vanité des Vanités
What happened with us?
Why do you seem so far from me?
Where are our talks?
Where are the cumplicity we had?
Why the silence reigns upon us like a despotic king?
Where are the preciousity of the company?
Why the hours seem so long
Why the nights are so cold?
So empty?
Why this emptyness botters me?
Why this feeling that the "nothing" is my friend?
I'm so tired, so many things to do, so many compromises,
Wish I could stop. Wish i could feel again the happiness i had when i was with you.
Time is ticking, our time is ticking with him
How can we restore our moments?
Some people say we should pray
Some people say we should look for help
Some people say nothing (the most)
Maybe the most are the worst.
Maybe if at least some people listened to me
If they at least asked me something
Not that i would tell something, but at least i'd know that somebody care, as i know you care.
it's pity that our society forbid the most of the questions...
But
Maybe there is any hope.
Maybe little moments of joy help us to see the life with different eyes
And, as Jesus in some moment said: The eyes are the light of the body. If they are good, the entire body would be luminous.
I could say i'm trying to have different eyes
trying to see the situacion as a learning of something.
Trying to see this world we created as a fase.
Maybe a permanent fase.
I don't want attention from strangers, i don't need pity eyes on me
I just need to know that you are here for me, no matter what, no matter when or where.
Your presence makes me feel good, makes me feel alive, makes me feel fine.
Please don't go away. Don't let me go away.
I don't have all the answers, probably i never will.
Please stay !
Sou apenas mais um dentre tantos filósofos. Espero que nesse site você possa se sentir bem e que ele seja um lugar de reflexão sobre diversos assuntos. Caso queira entrar em contato comigo, mande um email para veliqs@gmail.com
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
The wearest sonnet..
Please sleep tight
I don't wanna interrupt you
My wish was just talk to you
Nothing more else tonight
The talk, nothing serious
Just some feelings i had
Just some words
Pehaps these words touch something in you
Pehaps they set you free
Pehaps my soul would be exposed
Pehaps these words will set ME free.
My lyrics are full of wishes
Unfortunaly they must be hidden
Waiting maybe a key, to open the forbidden
Sou apenas mais um dentre tantos filósofos. Espero que nesse site você possa se sentir bem e que ele seja um lugar de reflexão sobre diversos assuntos. Caso queira entrar em contato comigo, mande um email para veliqs@gmail.com
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
ausências
Pude novamente estar ao seu lado hoje.
Hoje que foi um dia bem mais light que todos os outros tem sido, pelo menos em uma das esferas de todas as coisas que nos acontecem durante um dia.
Pude novamente sentir-te perto, não tão distante, mas apenas ali.
Ah como aprecio tais momentos. Como que essas "presenças" fazem bem.
Melhores que as ausências. Penso que as ausências são importantes.
Como já dizia Válery: O que seria de nós sem o auxílio das coisas que não existem? Não podemos negar o valor das ausências.
Pelo menos em uma esfera da vida a roda girou mais livre, no entanto, em outra esfera, não foi um dos melhores dias. Nada demais, apenas não foi um dia bom. Apenas trocaria alguns episódios por outros.
Mas quem não faria isso alguma vez ou outra?
Quantas vezes queremos mudar a ordem das coisas? Queremos que as coisas sejam diferentes, que a roda gire para o outro lado, ou simplesmente pare de girar para que possamos fazer alguma coisa. Penso que todos já pensamos assim.
Hoje pensei assim. Pensei que talvez a roda pudesse girar de forma diferente, poderia parar talvez.
Enquanto escrevo escuto. Me escuto, escuto uma música. Boa música.
Mente cansada. Muitas coisas para pensar, muitas pra fazer, buscando talvez mais momentos alegres, pequenos pedaços de uma boa eternidade, bons momentos.
Ah tantas situações para nos impedir de termos bons momentos !!!!! Pena que só depois percebemos que seria melhor ter aproveitado a companhia que nos estava sempre tão acessível mas que a deixamos ir por nada.
Os bons momentos nos fazem bem, a ausência deles nos fazem crescer várias vezes.
Penso que cresci um pouco mais nesses dias.
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sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Leituras... Simone Weil...
Aprendi recentemente sobre o conceito de "leitura" em Simone Weil, uma filósofa do século XX com uma filosofia tanto teórica quanto prática de extrema consistência.
Achei interessante como ela aborda tal conceito afirmando que tudo na vida se dá através de "leituras" que fazemos. Nos lemos, lemos o outro, e é nessa leitura que lidamos com as pessoas no dia-a-dia.
Uma virtude de nossa parte seria aprender a "ler" o outro não apenas como lemos a nós mesmos, mas como o outro gostaria de ser lido. Afinal, penso que todos nós queremos ser lidos pelos outros.
Primeiramente penso que já é uma dificuldade enorme "ler" o outro. Afinal de contas, várias vezes o que fazemos é nos ler no outro. O outro em si não importa muita coisa na maioria das vezes, mas apenas na medida em que posso me ler nele. Ficamos sempre como quem se projeta no outro e passa a se amar nele. Nos tornamos narcisos nos contemplando frente a água sem conseguir ver toda a beleza do rio, mas apenas nossa imagem refletida ali. Acabamos morrendo afogados em nossa própria imagem.
Consiste em ato virtuoso, o aprender a ler o outro como ele é. Claro que podemos achar semelhanças entre nós, mas o que dará real beleza na figura do outro é naquilo que ele se difere de nós. Consiste em virtude, ver toda a beleza do rio para além de nossa ínfima imagem refletida no outro. Ver a parte branca do cubo de gelo, a parte não transparente onde reside a especificidade de cada um.
Aceitar as folhas amarelas no meio das vermelhas, percebendo suas diferenças, mas lendo nessas diferenças uma beleza.
Tenho aprendido a ler alguns próximos como eles são.
"Ame o próximo como a ti mesmo, mas não o leia como a ti mesmo."
Beleza da diversidade.
Em segundo lugar penso que devemos "permitir" que os outros no leiam como eles querem nos ler, e não como queremos ser lidos por eles.
Essa é uma parte difícil. Geralmente queremos ser vistos como os melhores, os mais amigos, os mais simpáticos, os mais inteligentes etc... E não permitimos que os outros façam leituras de nós que desminta essa imagem que criamos para nós mesmos.
Qualquer um que discorde da leitura que fazemos de nós mesmos é logo visto como inimigos, e por isso devem ser "eliminados". Aspecto da intolerância reinante hoje em dia.
Talvez seja um aspecto de tolerância permitir uma leitura livre.
Recentemente tive uma experiência desse tipo. Agradeci demais a pessoa que me falou a forma como ela me lia. Vi que sua leitura estava muito mais próxima da realidade do que a leitura que eu estava fazendo de mim mesmo. Foi um momento de crescimento para mim, e para nossa amizade. A partir de então tenho constatado que várias vezes minha leitura sobre mim está errada, precisa ser vista pela "lente" de outra pessoa.
Achei interessante o conceito de "leitura" de Simone Weil. Me fez pensar muitas coisas...
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domingo, 11 de outubro de 2009
sobre o uso do Dimer.
Hoje pela manhã fui orientado sobre o uso do dimer.
Quem me orientou falou de forma bem direta: "Aqui, você está lançando muita luz nesse ambiente. Não consigo entender o porque esteja fazendo isso, é melhor usar um dimer, ajustar melhor a luz ao ambiente que você tem. Se quiser, eu te ajudo a fazer isso. Vamos re-formular a quantidade de luz que brilhará nesse ambiente para que ele fique mais agradável."
Achei a idéia maravilhosa. Sempre pensei que quanto maior a quantidade de luz, melhor. Estava errado. Mas graças a Deus fui orientado ao uso do dimer.
Para quem não sabe, o dimer é aquele aparelhinho que se usa no interruptor para regular a intensidade da luz do ambiente.
Excesso de luz muito rápido, faz mal, acaba atrapalhando de ver o que importa, e pode fazer com que a pessoa se sinta mal diante do ambiente.
O dimer serve para regular esse excesso de luz. Nem sempre muita luz é bom. O ambiente fica muito claro, as coisas que são melhores vistas com pouca luz ficam invisíveis sem o auxílio do dimer.
É preciso a quantidade de luz certa para que o que deve ser visto seja visto por quem queira ver.
Erramos ao tentar jogar muita luz sobre ambientes ainda pouco conhecidos, é bom que se conheça o ambiente para que se consiga ajustar o dimer de acordo com o que se quer mostrar.
Mostrar tudo de uma vez só não faz bem pra maioria dos ambientes.
Ah quantas vezes queremos lançar muita luz onde ainda não conhecemos todas as quinas. Daí erramos, damos más impressões e acabamos de vez em quando ofuscando ao invés de revelar.
Uma das virtudes que podemos ter é aprender a usar o dimer. Ajustar a luz ao tempo, ao espaço, ao momento. Tudo isso pode ser feito com ele.
Grande ferramenta na convivência uns com os outros é o dimer.
Acho que aprendi a usá-lo um pouco hoje.
Agradeci bastante a informação sobre o dimer. Aprendi talvez a beleza da penumbra em ambientes mais fechados.
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sábado, 10 de outubro de 2009
Sobre um segundo algo.
Tenho algo para te entregar.
Na realidade, duas coisas.
O primeiro algo de valor estimado, medida em reais, mas sem valor em si.
O segundo sem valor estimado. Não medido em reais, mas com enorme valor em si.
Não falarei do primieiro, apenas do segundo.
O segundo trata de sentimentos e impressões.
Se trata daquilo que nunca podemos colocar preço,
se trata de extratos de alma.
Alma essa que quando colocada no papel se torna tão transparente.
Transparente também se torna nossa linguagem que não dá conta de exprimir o que queremos.
Falamos por analogia, sabendo que o que realmente importa, não está sendo dito.
Está no silêncio das entrelinhas.
Talvez seja aí que habita nossa alma. No silêncio das entrelinhas.
Silêncio esse que não se compreende se não há uma certa vivência com o destinatário.
Nos gestos mudos, tentativas de expressão, uma alma habita.
Releio os extratos da alma que escrevi e percebo que as entrelinhas realmente são as coisas mais importantes, mas elas, não escrevi. Apenas as palavras foram escritas. As entrelinhas aparecem querendo dizer alguma coisa. Escapam. Se mostram.
Talvez meus olhos digam o resto. Talvez os seus olhos digam o resto. Mas isso também é silêncio. Silêncio que fala mais alto que se gritasses ao meu ouvido.
Palavras. Pequenos auxílios para dizermos o que não importa, tentativa de expressão do que está além. Pequena ferramenta de aproximação.
Nas entrelinhas habita um mundo. Habita talvez uma alma, habito eu, habita você. Habita o essencial. Este por sua vez, até onde sei, indizível.
Talvez compreenderás ao te entregares o segundo algo. Talvez não. Mas penso que se leres nas entrelinhas, verás minha alma exposta, e a partir daí, as palavras serão as coisas menos importantes, o silêncio talvez reinará entre nós e só então nos compreenderemos como habitantes de um mesmo cenário, fazendo talvez um mesmo papel na peça da vida.
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sexta-feira, 9 de outubro de 2009
teo-logia
Sempre quis escrever algo de teologia. Talvez até já tenha escrito algumas coisas, como as primeiras reflexões nesse blog mesmo.
Outro dia conversando com minha mãe, ela me disse que meus textos demonstram um tipo de "tristeza". Achei o comentário interessante, e não sei até onde seja totalmente válido.
Comentei com ela que acho que estou falando as mesmas coisas só que de formas diferentes. Uma teo-logia, mais falando do "Teo" como o entendo, e esquecendo um pouco a "logia", o "logos" tão famoso devido à sua pertença ao campo do puramente racional, descrito sob a regência das leis da lógica e tudo que vem junto no conjunto.
Talvez a parte da "logia" não seja a mais interessante ao se falar em teo-logia.
Acho que prefiro falar do "teo". Teo, do grego, Deus.
Mas esse Deus do qual eu falo, é muito humano. Se revela de várias formas, em vários gestos, não necessariamente carece de uma transcendência para se revelar. Precisa apenas da figura do outro, da figura do próximo para que ele se revele, um Deus mais humano que transcendente.
Entendo Deus mais como "sentido" do que como "ser". Ah duas categorias tão usadas na filosofia. Principalmente a categoria do "ser". Cometo talvez um erro filosófico ao colocar o "sentido" enquanto categoria, mas o que quero enfatizar é que prefiro pensar Deus como "sentido último" do que como "ser".
Alguns teólogos não gostam dessa visão. Não conseguem pensar Deus enquanto sentido, mas apenas como Ser. O ser que funda todos os outros seres para falarmos próximos a São Tomás de Aquino.
Penso que talvez esse Deus pensado como "ser" tenha causado muitos problemas em vários campos religiosos, ao passo que se compreendemos deus enquanto "sentido", o diálogo inter-religioso fica mais agradável e possível de uma maneira que não seria possível apenas com a categoria de "ser".
Por sentido, entendo não apenas qualquer sentido, mas um "sentido último" do ser humano. Deus enquanto sentido, não precisa existir de fato, para que o sentido seja válido. Coisa que na categoria de ser, a existência é quase que um requisito básico.
Talvez meus textos mais recentes falem de um "teo" pouco compreendido. Um "teo" que se manifesta no próximo. A idéia do salmista: "Sois deuses", evidenciado na figura de todo aquele que teria um campo de ação maior que o meu e o usaria para que eu possa viver de forma mais humana. (Isso me lembra o bom samaritano).
Gosto de falar desse "teo". Esse deus tão próximo, "absconditus", mas que se revela assim como a beleza dos dias nublados. Assim como a beleza das pessoas, que, assim como dias nublados, são belas, se compreendidas. Pessoas, essas que sempre que podem, independente da religião a que pertencem, agem como "deuses" em nossas vidas. Revelam um deus próximo, é como se elas dissessem: "Quem vê a mim, vê o pai".
Como a maioria sabe, não falo de Deus em vários textos meus. Os textos de setembro, e os de outubro até agora falam apenas de experiências. Talvez experiência de Deus, mas apenas se for esse deus que se revela no humano. Falo de amizade, falo de mim.
Talvez esteja dizendo uma "heresia". Mas antes que me condenem (novamente) de herege, digo que "heresia" é apenas uma questão de poder. Os fortes são os ortodoxos, os fracos, os hereges.
Conheço alguns que dirão que "enfraqueci" demais a idéia de Deus. Que o coloquei como qualquer um que pode fazer algo de bom para me ajudar. Deus enquanto sentido abre para horizontes talvez fechados para a noção de Deus enquanto ser. Penso que ele enquanto sentido, esteja mais próximo de nós.
Poderia me estender mais falando sobre a noção de "sentido" a que me refiro, mas isso tornaria o texto extremamente cansativo para várias pessoas.
Fica aqui apenas uma sugestão para uma possível leitura sobre Deus.
Algo a se refletir.
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quinta-feira, 8 de outubro de 2009
antigo... Mas a idéia continua.
Como é bom saber que está bem.
Não sei porque, mas isso me faz feliz.
Saber que está bem me faz bem.
Não tente entender, é gratuito.
Não tem um porquê.
Simplesmente me sinto bem, sabendo que está bem.
Nem eu saberia te explicar isso.
Por favor não entenda minha preocupação como chatice de quem não tem o que fazer.
Por favor não pense que queira nada além de sua amizade e sua cumplicidade.
Desculpe-me se te assusto com meus gestos,
se te incomodo com meu excesso de cuidado para contigo.
Não sei porque faço isso, não sei mesmo.
Não se preocupe em receber isso de forma gratuita.
Entendo que excesso de gratuitade nos constranja as vezes
Se quiseres, retribua de alguma forma.
Entendo seu jeito, entendo suas várias retribuições.
Seu jeito meio sem-jeito de se expressar.
Também já fui assim, hoje sou menos, mas ainda assim
Não precisa agradecer a paciência. Essa eu tenho demais.
Aguardo pacientemente que digas o que queres dizer.
Se não vai dizer nada, saiba que seu silencio é mais revelador que as palavras.
Estou aprendendo a ler seu silêncio.
Ah tantas coisas que queria te dizer se quiseres me ouvir...
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O cinza dos dias nublados
Adoro o cinza dos dias nublados,
adoro a chuva que cai molhando os lugares antes áridos
trazendo um ventro frio, porém, não gélido a ponto de esfriar nossas almas.
Chuva que traz em si promessas de vida enquanto rega as plantas, enquanto molha o chão enquanto nos molha, renovando talvez aquilo que deveríamos já ter deixado se renovar.
Doce calmaria de um dia nublado. Doce visão a agua caindo e trazendo a beleza de mais um lindo dia chuvoso.
Não sou fã de dias ensolarados. Reconheço que há certa beleza ali, mas é tudo muito claro, tudo muito a vista. Penso que a beleza do dia nublado está naquilo que não se mostra nele. Está naquilo que ele esconde. Mas esconde, ao mesmo tempo tentando se mostrar. Tentando se dar a conhecer de uma forma rejeitada por muitos.
Várias pessoas reclamam dos dias nublados. Reclamam da calmaria que há neles. Reclamam que eles não se expressam da forma como deveriam. Reclamam que não dá pra fazer nada durante eles.
Ah se essas pessoas conseguissem ver a beleza que há nos dias nublados. Ah se elas conseguissem compreender que a mesma beleza do dia ensolarado se encontra no dia nublado, está ali também, mas apenas escondida. Revelada de outra forma.
Apenas quem tem olhos para ver que vêem.
Mas é preciso paciência com os dias nublados. Como escondem sua beleza, o processo para sua apreciação é lento, mas quando se conhece e se compreende os dias nublados, sua beleza salta aos olhos, é talvez mais visível que a beleza dos dias ensolarados.
Nem tão claro, nem tão escuro, mediania.
Adoro o cinza dos dias nublados
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terça-feira, 6 de outubro de 2009
Habitas o silêncio
Habito o silêncio
Companheiros da falta de palavras
mas o silêncio não é por falta de palavras
mas por excesso de palavras que devem ficar reclusas
O silêncio que habito é fruto de coisas que devem permanecer como estão
Não me incomodes enquanto me calo.
Se calo, falo comigo mesmo, se me calo, é porque dentro de mim há um diálogo que não pode parar.
Resolvo assuntos importantes, resolvo questões cruciais das quais depende minha vida ou minha morte.
Mas não veja isso como uma constante.
Nem sempre resolvo problemas enquanto me calo.
As vezes me calo por não ter nada pra dizer
as vezes é por querer que primeiro diga alguma coisa,
que inicie uma conversa.
As vezes me calo por solidariedade, porque sei que o momento é de silêncio
porque sei que é momento do seu silêncio.
Não sei se sabe, mas meu silêncio fala tanto quanto o seu,
meu silêncio habita a mesma terra que o seu
provém da mesma falta de expressividade em palavras que o seu
Esse excesso de palavras escritas são tentativas de expressar o que não pode ser expresso pelas palavras, tentativas vãs que se repetem a exaustão.
Palavras, palavras, palavras. Tentativa de alcançar o inalcançável, tentativa de falar o que é "invisível aos olhos" como diria o pequeno príncipe, tentativa de habitar em outro mundo que talvez me é estranho.
Triste tentativa de expressividade vocabular.
Talvez prefira os gestos, gestos gratuitos porém signficativos.
Pena, as vezes incompreensíveis...
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sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Simples como as pombas...
E chove lá fora,
o tempo esfria,
a brisa começa a soprar gélida enquanto
a água escoa pela janela semi-aberta.
Na minha frente apenas o computador e algumas bagunças sobre a mesa,
morfeu começa a me pegar em seus braços.
Hoje a chuva já passou,
Agora apenas escuridão lá fora,
Escrevo algo que não sei se mandarei ao destinatário
História de momentos eternos
Memórias que residirão em minha mente e que me trarão alegrias ao serem lembradas
Impressões que talvez sejam apenas impressões
mas as vezes refletirão verdades escondidas na alma
na minha alma, talvez na alma do outro
as vezes apenas impressões, mas as vezes verdades escondidas na alma.
Esquecer é um ato de defesa, talvez um dos melhores já inventados pelo homem
No entanto, não quero me esquecer, não quero me defender,
Quero trazer a memória aquilo que me traz alegria
Pra que se defender de algo que nos afeta de forma tão singela?
Pra que esquecer de momentos que serão imortais?
Que defesa nos trará a alegria de lembrarmos de coisas tão marcantes?
Óh Alegria das coisas simples
Atitude filosófica por excelência, se admirar com o simples como se fosse uma descoberta.
Simples como as pombas.
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quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Whishes for a Friend !
Como queria fazer algo!
Como gostaria de poder te ajudar nessa hora!
Diante da má notícia, como gostaria de ser aquele que te traria esperança
Aquele que viria com a palavra libertadora
Aquele que te diria que tudo vai dar certo
que seus planos se realizarão.
Como gostaria de poder ser um conforto diante das sombras que te aflige
Ah se tivesse o poder de curar o físico como curamos as almas das pessoas
Se apenas pela palavra a chaga fosse curada, se apenas dizendo a palavra mágica a enfermidade saísse e todas as coisas voltassem a ser como eram.
Não conheço o enfermo, mas sei que ele é importante para ti, sei que se preocupa com ele, sei que representa algo valioso pra ti.
Talvez porque é importante pra você adquira um tipo de importancia para mim.
Não sei como agir. Confesso minha debilidade face a esses momentos mais complicados
Nunca soube lidar com isso, sempre preferi as coisas enquanto elas estão em paz,
enquanto a roda do mundo gira levemente.
Ofereço a ti talvez um consolo, talvez uma palavra, talvez um ouvido, um riso, uma história engraçada, um passeio em algum lugar, uma distração em um dia nublado, um email falando de outra coisa.
Ofereço a ti minha amizade, meu carinho, meu companheirismo, meu sorriso, minha preocupação,talvez um almoço, talvez um lanche, talvez meu silêncio diante dessa dificuldade.
Mesmo diante do seu silêncio as vezes aterrorizante, consigo ver algo, consigo te entender, e as vezes isso me assusta também.
Diante desse silêncio revelador encontrei palavras não ditas, mas enfim expressivas, e é essa expressividade que encontro em ti, que me faz querer me aproximar, e querer que se aproxime de mim.
Queria poder fazer algo...
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