domingo, 26 de dezembro de 2010
Sobre olhos
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Incompetência
sábado, 23 de outubro de 2010
A um irmão querido
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Profissionalismo nas baias
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
Rio
Vá rio, siga seu caminho....
Leve para longe as águas que há pouco trouxeram refrigério.
Traga novas águas para banhar nossas tristezas, nos lavar e nos deixar felizes
Vá rio, mude enquanto permaneces o mesmo. Ilustração de nós mesmos visto em forma de natureza.
Nós que também somos natureza e não percebemos.
Talvez Narciso não tenha se visto na beira do rio e se jogado porque se apaixonou por si, talvez ele tenha visto apenas que ele era rio também e quis se jogar para tentar voltar a ser tão simples como a natureza. Tentativa exterior desesperada de algo que se encontra olhando para dentro.
Vá rio, cruze os montes, as colinas, os vales, corte o caminho por meio do misterioso, passe por lugares nunca antes visitados, e que talvez somente por ti volte a ter vida novamente.
Vá rio, transforme morte em vida, ressuscite os mortos, dê descanso aos cansados, refrigério aos abatidos, beleza ao mundo, paz aos atribulados...
Vá rio, que por onde passar os campos floresçam, as flores brotem e nada mais seja do jeito que foi.
Oh beleza da simplicidade, beleza do rio que corre sem propósito. Nasce tão pequeno e adquire tão grande dimensão. Nasce escondido e se mostra de forma tão simples...
Vá rio, nos ensine a ser simples como tu, silenciosos que mantém a beleza num mundo tão agitado e cheio de palavras.
Quem sabe um dia aprenderemos contigo o valor da constância e então seremos rios também que trará descanso aos cansados, refrigério aos abatidos...
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Pensamentos que tive sentado no banco da praça
Bancos da praça,
ali tão sólidos. Tão constantes, tão passivos enquanto tudo passa.
Demonstração de passividade, quietude, calma.
Sempre permanecendo enquanto tudo passa. Ser de Heráclito e Parmênides tipificado em plena avenida movimentada.
Bancos onde pessoas sentam, deitam, conversam, vêem o tempo passar...
Sempre aprendi que o ideal da vida cristã seria como os bancos da praça. A completa passividade diante dos acontecimentos do mundo. O ser da fé inabalável enquanto todas as coisas parecem mudar, às vezes para melhor, outras para pior.
Mas o bom cristão seria como os bancos da praça. Sua fé não seria abalada por nada, sua certeza no "funcionamento" das coisas garantiria a ele a segurança tão almejada.
Como uma casa firmada sobre a rocha que não cairá por mais que a tempestade o perturbe, por mais que a dificuldade lhe sobrevenha.
Ah se soubéssemos que a rocha nada mais é que areia condensada com o tempo. Que da mesma forma que quem constrói sobre a areia, i.e, fragmentos de rocha está propenso a cair, da mesma forma quem constrói sobre a rocha, constrói sobre areia condensada pelo tempo. Vacuidade das nossas constuções.
Areias que se transformam em rocha. Sentimentos que se transformam em ontologia. Fé que se transforma em certezas.
Ah bancos da praça.
Mas de repente percebo que as coisas não são assim. Que fé não é certeza. Muito pelo contrário, fé é incerteza. Incerteza que move o homem em direção àquilo que ele não conhece, mas confia piamente que seja de determinada forma. Ou como dizia Kierkegaard, fé como um salto no escuro.
Percebi que a vida cristã não deve ser como o banco da praça. Não deve estar alheio ao mundo, não deve ser simplesemente um porto seguro enquanto todas as outras coisas passam, mas deve fazer diferença no lugar onde está. Deve também se importar com o mundo, mudar, interagir.
Às vezes será necessário que ele seja como um banco da praça, onde as pessoas possam recostar sua cabeça, descansar, ter um momento de tranquilidade, mas outras vezes deverá ser aquele que se mostra indignado com as coisas que acontecem ao seu redor, e agir em função deste acontecimentos.
Mediania aristotélica. Ética situacionista. Vacuidade da vida. Vanités des vanités
Pequenos pensamentos que passaram pela minha cabeça enquanto sentado no banco de uma praça.
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
thoughts about her
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
You're Back !!!!
Ei, você voltou !!!! Nossa, quanta falta você fez.
Fico pensando às vezes por onde você andou, o que estava fazendo nesse tempo distante.
Quantas aventuras, quantos pensamentos, quantas reflexões...
Aparentemente, não parecia estar te fazendo bem o tempo que passou fora.
Não sei, vai entender...
Mas o importante é que você voltou !!!
Senti saudades suas. Foi um tempo relativamente curto, mas todo tempo com pessoas que se gostam é importante, e todo tempo em que elas estão longe da gente parece ser uma eternidade.
Imagino que estava fazendo algo importante, que precisava distanciar um pouco, precisava pensar em si, talvez em assuntos cruciais para uma boa vida... salvar o mundo... Se salvar do mundo... Sei lá...
Claro que preferiria se você não tivesse de ter partido para fazer esta reflexão. Gostaria que estivesse ficado por perto, mas tudo bem.
O importante é que você voltou. E com sua volta, várias coisas voltam. E gosto muito das coisas que voltam com a sua volta.
Fique! tome um café, coma algo, conversemos, brinquemos novamente, tentemos em vão resgatar o tempo que passou, mas sem a obrigação de fazê-lo. Dancemos novamente a maravilhosa dança da amizade.
Que bom que você voltou !!!! Seja bem-vinda novamente !!!
domingo, 1 de agosto de 2010
uma situação hipotética...
Por que ainda estou com você?
Por que insisto em algo que sei que não terá futuro algum?
Talvez um futuro próximo? um próximo passeio? um próximo show? um próximo almoço?
Mas não te vejo para o próximo ano, para a próxima fase, para a próxima decisão importante que tiver que fazer...
Como gostaria de ter encontrado a pessoa para quem não teria esse tipo de pensamento, esse tipo de dúvida. Ah como gostaria que talvez você fosse um pouco diferente para que fosse esta pessoa. Tudo seria tão mais fácil...
Mas nem sempre a vida é fácil, nem sempre nós somos fáceis. Na maioria das vezes a vida foge ao nosso controle, temos que tomar decisões que não queremos, precisamos agir, tomar uma decisão que mudará bastante a nossa vida.
Confesso que fujo desta decisão neste momento.
Fujo talvez pela covardia que tenho de me ver sozinho novamente, fujo pelo medo de ter que recomeçar as coisas, fujo porque não quero estar comigo por agora. Não me julgo tão boa companhia para mim mesmo.
Sempre estive com outras pessoas, sempre fui eu e mais uma pessoa, nunca fui apenas eu e eu mesmo. Nunca me tive como "alter-ego".
Talvez tenha medo de mim. Talvez tenha medo dos monstros que em mim habitam e com os quais nunca soube lidar, afinal, nunca lidei com eles...
Ah, mas um dia... um dia eu superarei este medo e te falarei que não dá mais pra ficarmos juntos, falarei que não podemos mais continuar algo que só funciona do seu jeito, falarei que não posso mais fingir que te aceito com seus defeitos quando na realidade não aceito.
Um dia abrirei mão da comodidade em prol da dignidade de ser eu mesmo, e nesse dia... ah neste dia... serei apenas eu e meus monstros, mas os enfrentarei feliz pois agora estarei comigo mesmo, na companhia que há muito tempo precisava ter e nunca tive.
Se estarei feliz? Não sei dizer, mas sei que é algo que cedo ou tarde precisaria fazer se quisesse agir como eu mesmo.
E defintivamente, eu preciso ser eu mesmo.
sexta-feira, 23 de julho de 2010
um pequeno gesto
Não era nada demais, era apenas mais um momento que se repetia como em tantas outras vezes, como em tantos outros dias. Fazemos sempre as mesmas coisas que nem notamos mais seus detalhes, suas diferenças...
Naquele momento havia duas situações possíveis. A indiferença, que seria considerada a atitude mais normal, uma atitude que qualquer pessoa teria em uma situação tão corriqueira, e o gesto simples de quem se importa.
Um levantar de mão pode significar muitas coisas.
Em alguns lugares que conheço indica que a pessoa passou a pertencer a outro mundo e daí, pelo simples levantar de uma mão, ela se transporta de um reino de trevas para um reino de luz. À isso, várias pessoas chamam "conversão", embora não aprecie muito o termo usado dessa forma, é o que mais vemos por aí. "Este gesto define o seu futuro, é ele o ato fulcral de sua vida, sem ele, só resta perdição e nada além disso" é o que alguns dizem por aí.
Mas nesse caso, o levantar da mão não foi uma conversão, mas foi uma volta ao passado. Foi um retorno a tempos não tão longínquos onde a mão levantada significaria talvez um algo mais que normal no mundo em que vivíamos.
Simples gesto.
Para quem o fez, talvez sem sentido.
Para quem o recebeu, repleto de sentido e significado. Significado este que pode estar mais na cabeça de quem recebeu do que no gesto em si. Pode estar mais no desejo de que tal gesto signifique realmente algo quando na realidade não passa de um gesto completamente sem sentido.
Mas toda nossa vida não é essa tentativa de fazer dos gestos que fazemos, gestos com sentido?
Toda nossa vida não é senão uma busca de sentido para as coisas que fazemos ?
Tal episódio que narro não passou de 2 segundos. Mas foram bons 2 segundos. Eles me fizeram pensar, me fizeram escrever, me fizeram lembrar, e isso me fez sorrir.
terça-feira, 20 de julho de 2010
Um texto confuso
As pessoas não gostam que você fale de si de forma sincera e aberta. E claro, na maioria das vezes, não gostam que você fale delas de forma sincera e aberta.
Pelo menos não as pessoas que me rodeiam. Talvez isso seja uma tendencia atual, talvez seja apenas eu que caí em um grupo onde essas coisas aconteceriam mesmo. Vai saber...
Eu sei que tal fato me incomoda bastante.
Tive várias experiências desse tipo nos últimos meses, e isso me deixou bastante intrigado.
Em alguns casos fica a impressão de que se algo acontecer à você, as pessoas não se importarão nem um pouco, não fará a menor diferença se um dia você aparecer ou não no trabalho, ligar ou não, mandar um email ou não. Sua existência é absolutamente indiferente, tanto faz se for você ou outro. Isso na minha opinião é interessante e sintomático. Claro que em uma sociedade onde o "eu" tem extrema primazia sobre as demais coisas, por que eu deveria me preocupar com esse outro? Preocupar com o outro é me tirar do centro das coisas e, na sociedade em que vivemos, qualquer tentativa de destronar esse eu é tido como ameaça, é tido como "tentativa para algo mais", enfim, nada pode ser gratuito. Qualquer gesto acaba sendo uma tentativa de destronamento do eu.
Penso que se as pessoas procurassem se preocupar mais umas com as outras, talvez o mundo seria melhor. Só que não sei porque, a maioria das pessoas entendem esse preocupar com as outras sempre nas grandes coisas, tipo, eu vou contribuir com o orfanato tal, eu vou ajudar os animais indefesos em tal lugar, mas esquecem que é muito mais fácil preocupar nas pequenas coisas.
Talvez uma pergunta "oi, tudo bem com vc?" talvez um elogio, talvez apenas um sorriso seguido de um comentário. coisas simples que alegraria a vida de muitas pessoas, com certeza. Claro que não desprezo as ajudas grandes, ou a grandes causas, acho-as também necessárias e até recomendo que se façam. Mas não nos esqueçamos das ajudas simples, que até mesmo pelo seu caráter tão simples, nem parece ajuda.
Alguém poderia pensar, e acho que alguns realmente pensam assim. "Se a sociedade em que vivemos baseia tudo na constante afirmação do eu sobre o social, porque esse indivíduo procura inteirações? provavelmente ele deve estar querendo alguma coisa". Mas veja a que ponto chegamos. Qualquer atitude diferente é visto como tentativa de destrono de mim, uma tentativa de invasão para que depois ele queira se aproveitar de algo.
Não pessoas, não é nada disso. Existem gestos gratuitos, existem perguntas que não visam nada além de inteiração, existe isso ainda, acreditem em mim. Se os seus olhos estão cegos a ponto de não perceber isso, pare um pouco e tente abri-los sob uma outra perspectiva e verá que nem tudo precisa seguir a lógica da primazia do eu sobre as coisas.
Está aí uma coisa que me incomoda.
PS: O texto ficou ao mesmo tempo parecendo um clamor por atenção por parte de alguém mal resolvido, mas também um pequeno diagnóstico de uma dinâmica típica do capitalismo, ao mesmo tempo uma fala sincera sobre algo que incomoda quem escreve, e ainda com uma leve impressão de que faltou uma conclusão no que foi dito. Enfim, um texto confuso.
sexta-feira, 16 de julho de 2010
Texto de filosofia.
Este texto escrevi no terceiro período da faculdade comentando sobre um texto do Luis Borges. Fala sobre filosofia.
O texto de Luís Borges cita a dificuldade de Averróis ao tentar fazer a tradução dos textos de Aristóteles por desconhecer o significado das palavras “tragédia” e “comédia”.
O autor do texto cita posteriormente uma discussão entre alguns amigos de Averróis a respeito de algumas rosas que apenas um deles havia visto.
O problema colocado por Borges é o fato de como que podemos falar de algo que não presenciamos e algo que de nada conhecemos a não ser pelo simples testemunho que temos de outros que o presenciaram.
Como que esse tipo de discurso pode ter alguma credibilidade ? e como falar disso? O autor do texto cita que Averróis se viu nesta mesma dificuldade ao tentar traduzir as palavras gregas desconhecidas quanto ele que tentava descrever como que Averróis tentava fazer este trabalho.
O texto também cita como que os árabes ficaram perplexos quando um deles começa a falar de representação em um teatro presenciado por este , que segundo o texto era algo que os árabes desconheciam naquela época.
Borges coloca a idéia da dificuldade de contar sobre alguma coisa não presenciada pelo ouvinte, e até mesmo por quem presenciou o fato uma vez que há a dúvida sobre como que algo que é dito pode representar a realidade das coisas.
É algo interessante notar que ao mesmo tempo em que no início do texto há uma linguagem que fala de rosas com letras assumindo assim um erro categorial, pois letras não se aplicam a pétalas de rosas; ao mesmo tempo fica evidenciado a possibilidade de, através da linguagem, tornar isso possível, mesmo que seja no campo puramente abstrato da linguagem.
Podemos falar de qualquer coisa. E não necessariamente elas precisam existir. A linguagem permite a criação de coisas que não condizem com a realidade.
Em parte eu concordo com Borges pelo fato de ser realmente muito difícil falar de algo que não temos como conhecer. Especulamos como que algo seria através de alguns testemunhos e tomamos de forma arbitrária aquilo como verdade para podermos seguirmos com o nosso discurso sobre o assunto.
Essa adesão às coisas como verdade só pode ser tomada a partir das crenças que temos. Ao aceitar um testemunho a respeito de algo, cremos que quem fala tem uma credibilidade para falar o que está falando e por isso aceitamos como verdadeiro o fato exposto.
A verdade como crença assume um papel fundamental no desenvolvimento da filosofia, pois acredito que sem essa adesão a algo que julgamos verdadeiro seria muito complicado fazer filosofia.
A filosofia é essa tentativa de falar sobre algo de que não temos provas, e que são aceitas mediante testemunhos. O que eu percebo da filosofia que estudamos é que ela procura tratar de assuntos que são aparentemente simples mas que só se chegam a respostas a partir de reflexões bastante complexas. No final, a resposta também é simples, e é esse talvez um dos melhores aspectos da filosofia na minha opinião.
Estudar Platão, Aristóteles, São Tomás de Aquino, Locke, Hobbes, enfim, toda uma gama de filósofos, e ao mesmo tempo a história da filosofia, que fizeram tantas digressões, argumentos, silogismos para chegar à respostas tão interessantes sobre os assuntos mais simples da vida cotidiana, meio que inspira a vontade de uma investigação sobre as coisas.
Temas tão usados na vida cotidiana como liberdade, vontade, idéias, Deus, adquirem um novo sentido e as vezes são levados a extremos do pensamento.
No final dessa grande tarefa de explicar coisas que para os leigos são tão simples chega-se uma conclusão que por vezes nos dá o sentimento de : (- Por que nunca pensei nisso ?).
A filosofia é algo maravilhoso e inspira o pensamento. Estudar filosofia para mim tem sido algo muito bom e de grande valia. Vejo a filosofia como uma matéria para a vida e não simplesmente para a faculdade. Nunca tive uma visão romântica a respeito da filosofia como não tenho agora.
Acredito na visão grega da filoponia, o amor ao sofrimento que gera o conhecimento. Esse sofrimento é muito recompensatório pois no final pode-se ver que de alguma forma houve alguma progressão no conhecimento próprio e as vezes no conhecimento do mundo .
A filosofia não visa no entanto, um aspecto pragmático ou uma solução para os problemas do mundo, embora vários filósofos tentaram dar algum tipo de solução para se viver melhor aqui. Geralmente vemos uma filosofia pouco preocupada com o que acontece no mundo, embora a filosofia fale das coisas do mundo. Acho que aí temos um paradoxo. Falamos do mundo e não preocupamos com ele no ponto de vista pragmático, mas somente no ponto de vista teórico. O filósofo então coloca-se alheio ao mundo que o cerca e só o acessa para tomar os exemplos que o inspirarão em sua obra.
Concluindo, concordo com Borges ao falar que não podemos falar nada com certeza sobre coisas que não presenciamos, nem sobre coisas que não fazem parte da nossa vida. Tudo o que temos no campo filosófico, temos por um processo de crença. Crença de que quem falou, falou a verdade, crença de que Platão, Averróis, dentre outros existiram e nada mais.
Estudar história da filosofia na minha opinião é tentar percorrer um caminho onde talvez nunca teremos certeza das coisas que os outros falaram, se é que falaram. Acredito que correríamos um sério risco de, se um dia encontrássemos Platão, ele nos dizer que ele não quis dizer nada daquilo que atribuímos a ele, que era totalmente diferente a sua teoria da idéias, sua teoria da educação, dentre outras coisas. Estudar a história da filosofia é muito importante já que pensamos em trabalhar com isso, mas acredito que tudo isso só tem valor porque atribuímos à essa história uma certa credibilidade.
quinta-feira, 1 de julho de 2010
Who knows?
I never saw you live in front of me
The only way i talk to you is from Gtalk and facebook
It has been 4 years
But something is pretty interesting
I was worry while you at a hospital
I was suffering with your suffering.
But how could this happened with someone i never saw except from internet?
How people become important to us?
You are important to me, my dear friend from internet.
You are important to me, my dear friend from Índia
And I hope you could have great days,
Days full of daises, roses,
Days of joy, and days of love, days you could remember for all your life
Who knows, if someday we gonna be able to meet with other?
I can imagine that day. It will be a great day.
No matter if will be here or there.
Will be a day of joy.
Will be a day to remember for the rest of our lives.
No one know where or when it will happen, if will happen, but i truly hope a meeting someday.
Maybe we go for a walk, take a good cup of coffee, or maybe some beer, or some juice,
and talk about the same things we`ve been talking through these 4 years,
But that day, we will talk looking for with other.
Who knows ?
domingo, 20 de junho de 2010
coisas ditas, agora escritas...
"Nisso saberão que sois meus discípulos, se amardes uns aos outros" Jo 13:35
"Aquele que diz que está nele, esse deve andar como Ele andou" I Jo 2:6
"Não há amor maior que este, o dar a vida em favor dos seus amigos" Joao 15:13
É, nem sempre as coisas saem como pensamos...
Me pergunto o que poderia ter faltado.
O que foi que faltou para que a mensagem continuasse a ser dita? O que faltou para que todos ouvissem as palavras que trariam vida?
Penso e vejo que faltou o mais importante. Faltou o amor. Faltou o cerne da proposta.
Faltou o que deveria haver em primeiro lugar, que deveria ser a base de tudo o que seria feito em nome da proposta.
A proposta em si foi feita baseado nele. Afinal, lá está escrito que ele mesmo é o amor. E por que na hora de falar dele falta-nos exatamente o que ele é?
Que tipo de discurso sobre algo pode sair se falta a essencia desse algo sobre que falo?
Talvez seja por isso que a nossa fala está tão desacreditada até por nós mesmos.
Falta o algo sobre o que se fala.
Queremos falar de Deus, mas ele há muito se foi dos nossos discursos. O que restou foi apenas mais uma palavra que, no nosso tempo, significa muito pouco, ou qualquer coisa que eu queira que ela signifique.
Faz-se discursos sobre Deus, em nome dele, dizem que Ele fará isso ou aquilo, que Ele é isso ou aquilo, mas estamos cada vez mais longe Dele.
E isso por que ?
Porque faltou o que ele é em nosso discurso.
Faltou o amor em nossas ações. Sobram palavras e faltam ações. Falta um amor em prática, uma fé legítima, com obras, sem demagogias, sem frases prontas.
Falta essa dimensão da fé tão falada nos textos bíblicos mas esquecidos por nós, esquecidos por vários até hoje.
Enquanto isso a pergunta do jovem rico permanece e as fórmulas para atingir o suposto prêmio continuam a se propagar.
O que fazer para herdar a vida eterna ? pergunta o jovem rico. E até hoje perguntam-se aos pastores, aos líderes despreparados a mesma coisa. Nas discussões entre nós sempre alguém pergunta se fazer isso ou aquilo é pecado, se devemos ou não fazer algo... Essa necessidade normativa tão arraigada em nossa consciencia protestante.
A liberdade que insistimos em não ter.
Queremos sempre as regras, queremos saber o caminho, queremos ter "certeza da salvação", "certeza que estamos no caminho", queremos alguém que nos diga o que fazer, mas nós mesmos o queremos para alcançar a suposta vida eterna.
Não estamos muito diferente do jovem rico.
Não estamos dispostos a "ir, dá tudo aos pobres e segui" em liberdade a proposta .
Proposta esta muito simples, e se resume em "ir, dá tudo aos pobres e segui", não notamos que já nessa atitude já estamos seguindo, já estamos tomados pelo amor exigido para que se siga.
O Deus que exige o amor, ao amarmos já estamos nele. Esquecemos dessa dimensão tão nobre e tão simples que é a do evangelho vivido.
"aquele que ama, o amor do pai está nele" já nos dizia joão. Mas não queremos a simplicidade das coisas. Queremos as formulações, queremos as justificativas mesmo que infundadas.
Ah , isso nos conforta. É melhor habitarmos o discurso do que vivermos no mundo, para o mundo.
Como Nietzsche já nos dizia, é contrasensso abandonar esta vida em prol de uma outra. Esta vida é o que temos. Mas preferimos as leituras apressadas de Paulo, e lemos a vida como "refugo", nada além disso.
O que resta para nós? apenas vasos ocos, querendo converter os povos ao nosso discurso, sem se preocupar, ou se preocuparmos, isso o fazemos de forma opaca, com qualquer um que não habita conosco um mesmo discurso.
Partimos do pressposto que, se ele não diz o mesmo discurso que o nosso, então a primeira coisa que devemos fazer não é amá-lo, mas sim, fazê-lo adotra outro discurso e só então amá-lo.
E se não é desse primeiro jeito, acaba que o amamos apenas para que ele adote o nosso discurso.
Parece que não há mais lugar para o amor gratuito, onde nada mais importe. Onde os mundos habitados não importam.
O que nos une não é o discurso, mas o fato de sermos todos filhos do mesmo pai, apenas o vemos de forma diferente. Mas isso é inconcebível, isso é humanismo, isso é ecumenismo que não deve ter lugar no nosso meio.
Preferimos ao invés disso ficar com nosso discurso, ficar com nossa separação entre impios e não impios, entre santos e pecadores e enquanto isso, o mundo jaz no maligno.
Mas como consequencia e não como causa. O mundo jaz no maligno porque o homem o fez assim e não o contrário, i.e, o homem é assim porque o mundo jaz no maligno.
Inversão por conforto esse adotado por vários evangélicos que acreditam que mudarão o mundo quando ensinar a todos a repetir o que eles falam.
Pensam que somente quando todos repetirem a mesma coisa, todos tomarem a bíblia como palavra de Deus, todos chamarem Deus pelo mesmo nome então o mundo será mudado.
Ilusão daqueles que habitam tal discurso oco. Sem amor gratuito, daqueles que precisam fechar os olhos para encontrar com Deus, daqueles que só conseguem louvar de olhos fechados, daqueles que são cegos para o próximo que várias vezes ao seu lado sofre, ilusão fundada na idéia de que o relacionamento com Deus se dá apenas na vertical, que tudo que não passa pela verticalidade é digno de repulsa, ou digno de menor importância.
Ilusão confortante, afinal, se o que importa é o vertical, me verticalizo, fecho os olhos, levanto as mãos para os céus e nada mais importa...
Ah se eles abrissem os olhos e vissem que nada além é pedido deles , como diria já Miquéias: "que o SENHOR pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a e andes humildemente com o teu Deus?" Um
Um evangelho simples, social, que se preocupa com o mundo, que tem preocupação em trazer o reino de Deus à terra, um evangelho que ama o mundo por demais pra deixá-lo a mercê dos vermes.
Ah se eles vissem...
Então veriam que o começo e o fim de tudo é o mesmo, e é ele o amor.
"Nisso saberão que sois meus discípulos, se amardes uns aos outros"
"Aquele que diz que está nele, esse deve andar como Ele andou"
"Não há amor maior que este, o dar a vida em favor dos seus amigos"
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Flowers. Little things
terça-feira, 8 de junho de 2010
Simples e-mail
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Poderia ficar ali a tarde inteira
Poderia ficar ali a tarde inteira. Pensando na vida, pensando nas pessoas, pensando em você, pensando em mim.
Ah tempo que insiste em passar tão rápido, tempo que nos deixa fazer tão pouco.
Saibamos contar os nossos dias para que alcancemos corações sábios já dizia a palavra.
Sobre o que não se pode falar, sobre isso deve-se calar.
Dizendo tudo e ao mesmo tempo não falando do que mais importa.
Sobre isso é o que não dá pra falar. Resta um silêncio esclarecido, uma sensação de ter contemplado o sentido, ter contemplado a diferença das coisas.
O véu de maia desvelado, o terceiro olho aberto, a voz vinda do alto sendo ouvida.
Pena que sobre estas coisas, nada pode ser dito. Resta apenas o silêncio.
Tudo isso pensava enquanto tomava uma coca-cola.
Apenas ela em cima da mesa, uma árvore que se inclina à minha frente, pessoas conversando sobre assuntos diversos, que eu não escutava.
Ao meu redor, diante de tanto barulho só ouvia o silêncio arrebatador daquela vista.
E o que tinha de especial nela?
Nada. Absolutamente nada. Aquela vista, já a tinha visto várias vezes. Talvez hoje os meus olhos estejam diferentes, e se eles estão diferentes, logo tudo está diferente.
Os olhos são a luz do corpo, se os teus olhos forem bons, todo o seu corpo será luminoso, mas se forem maus, oh que grandes trevas serão.
Ainda me encontro absorto por aquela vista, talvez fique a tarde inteira assim.
Sentimento de que tudo o que importa estava ali, diante dos meus olhos, mas ao mesmo tempo, oculto aos mesmos.
Poderia ficar ali a tarde inteira. Apenas observando o tempo, sentindo o vento, apreciando a vista.
Poderia ficar ali a tarde inteira. Pensando na vida, pensando nas pessoas, pensando em você, pensando em mim.
Nostalgias
Insisto em fingir que nada aconteceu, que nada ainda acontece. Afinal, para mim, de fato nada aconteceu, para mim nada mudou. Tudo continua a mesma coisa, a mesma simplicidade, a mesma maratona de todo dia, os mesmos casos, os mesmos assuntos. Tudo a mesma coisa.
Mesmo parecendo que tudo mudou, digo que de minha parte, tudo permanece o mesmo. Parece, na maioria das vezes, que para você tudo mudou. Nada mais é o que era, nada mais precisa ser o que era. É como se seu lado esquerdo tivesse desaparecido, como se faltasse um número de 1 a 10. Um silêncio mórbido, uma frieza como há anos não via. Me faz lembrar de mim mesmo, talvez seja isso o que mais incomoda. Novamente o gelo na frente do espelho...
Isso já me incomodou demais, muito mesmo. Passei vários minutos me perguntando onde tive a culpa, onde dei os passos errados, onde a beleza deixou de existir. Passei momentos ponderando e cheguei a algumas conclusões que só parecem fazer sentido para os outros. Afinal, para mim, não o faz, e acho que nunca fará. Mas hoje sei onde parece que errei, onde as visões de mundo interferiram, onde as especulações não foram bem compreendidas.
Procuro compreender, acho que estou conseguindo. Mas ainda assim confesso que às vezes bate um sentimento de nostalgia, bate uma vontade de gritar, fazer algo para além do muro para que minha voz seja ouvida, para que minha preocupação seja entendida novamente como gesto gratuito.
Não sei porque insisto em escrever sobre esse tipo de coisa. Talvez porque queira que algo subsista, talvez porque queira que algo ainda haja para além do ambiente gélido. Talvez porque tenha esperança que um vento da manhã bata, e da mesma forma que ele trouxe refrigério um dia, ele traga novamente um passado não muito distante.
Creio que o passado voltará, o passado será o futuro, esperança um pouco louca, mas não tão insana. Sem mais gênios da lâmpada, mas apenas companheiros de jornadas, amigos que se calam, amigos que riem...
Esperança pelo passado nos trabalhos futuros...
segunda-feira, 24 de maio de 2010
poema dos 27 anos...
Vai tempo...
Leva consigo as lembranças e traga novas experiências.
Me conduza para lugares que ainda não frequentei, me leve a casas onde não entrei para ver flores que ainda não vi, pra sentir odores que ainda não senti...
Leve-me para longe, mas mantendo sempre perto o que mais importa.
Vá tempo, siga seu curso...
Nada podemos fazer pra te fazer parar, nada que façamos te fará agir de forma diferente.
Ah como gostaria de não ter que vê-lo passar assim tão rápido, gostaria que caminhasse mais devagar, que não tivesse tanta pressa, que não quisesse sempre está a frente de todos. Mas feliz ou infelizmente você é assim.
Espero sinceramente estar fazendo bom uso de você.
Então vá,
E enquanto vai, vou junto contigo tentando aprender o máximo que puder enquanto passa,
Enquanto passo.
sexta-feira, 21 de maio de 2010
Sejamos Homo Ludens
As crianças tem algo muito interessante que é o fato delas brincarem. As crianças brincam.
Elas tem consciência da precariedade da brincadeira. Quando elas vão brincar por exemplo de polícia e ladrão, elas armam o cenário, brincam, morrem, nascem de novo etc.
Quando o jogo perde a graça, o divertimento vai embora, elas simplesmente brincam de outra coisa. Desfazem o mundo criado por elas.
Nos adultos, isso não acontece, nossas brincadeiras se tornam sérias demais, não aceitamos que brincamos de bancário, funcionário público, programador... Não. A realidade é assim, nossa brincadeira se transforma naquilo que somos.
Brincamos e esquecemos que brincamos, e passamos a levar a coisa a sério demais. Nos identificamos com nossas brincadeiras e não vemos mais a precariedade delas.
Algo muito parecido é o que Freud fala a respeito do princípio de prazer e o princípio de realidade. Esquecemos do prazer, dos desejos que nos movem, e ficamos apenas tentando nos "ajustar" à realidade que nos cerca e acaba por se impor.
E por que então não desfazemos o cenário que criamos? Por que não resolvemos brincar de outra coisa?
Porque achamos que isso não é possível, achamos que a coisa "tem que ser" da forma que é.
Esquecemos que fomos nós que, em algum momento, criamos esse mundo da forma que ele é, nós criamos esse cenário, senão nós, alguém antes de nós. Mas não podemos esquecer que ele foi criado pelo homem, e portanto pode ser desfeito pelo próprio homem. Não há um caráter ontológico na estrutura das coisas, elas são o que são porque o homem fez as coisas dessa forma. Se ele fizer de uma forma diferente, então a estrutura será diferente.
Penso que essa idéia é o que possibilita encararmos a religião como "constructo" e não apenas como "efeito" das coisas. Ela não é uma superestrutura advinda de uma infraestrutura econômica como queria postular Marx, ela é fruto do desejo do homem, e se aceitamos que o homem é um ser de desejo (como queria Freud), vemos que a religião se coloca como expressão do desejo humano, expresão do que há de mais belo nele.
Penso que esta é uma das coisas que Jesus quis nos ensinar quando disse "Se não vos tornardes como crianças, não podereis entrar no reino dos céus".
segunda-feira, 17 de maio de 2010
reticências para um novo ano
domingo, 9 de maio de 2010
desabafo sincero
Sei que te vejo todos os dias, mas mesmo assim sinto sua falta.
É bom ter você comigo, mas muito ruim quando não aparece.
Sinto sua falta.
terça-feira, 4 de maio de 2010
Um definhar de uma flor...
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Aula sobre o tema "Quem é Deus?"
Este texto foi feito para uma introdução às aulas de uma escola dominical que daríamos no ano de 2009. Reli o texto e achei que seria interessante postá-lo. Espero que o achem interessante. Esse texto serviu como início para boas discussões.
Aula sobre “Quem é Deus?”
Primeiramente antes de tentarmos esboçar respostas sobre a pergunta é bom que entendamos de onde estamos partindo. Ao se fazer a pergunta : “Quem é Deus?” já estamos pressupondo algumas coisas. Ao perguntar pelo “quem”, estou já pressupondo que se trata de uma pessoa, do contrário perguntaria “o que?” e não “quem?”. Quando coloco Deus em letra maiúscula, acabo por remeter ao conceito de monoteísmo, uma vez que poderia perguntar pelos deuses e não por um deus específico. O verbo de ligação “é” me situa por alguém que pergunta pela essência, ou traço mais distintivo desse objeto do nosso estudo. Portanto a pergunta feita da forma que está feita sugere esses três pressupostos. No entanto, poderia perguntar “O que são os deuses?” Mas se faço a pergunta por “Quem é Deus?” já pressuponho que trataremos de um tema específico, dentro de uma cultura específica, visando um fim específico.
Por nos encontrarmos dentro de uma instituição cristã, e se tratar de uma escola dominical, acredito que limitaremos a nossa pergunta ao Deus cristão. Sabemos que existem vários deuses, que cada um deles representa uma série de coisas, e que cada um deles é adorado por vários grupos distintos ao redor do mundo. Não entraremos no mérito de discutir se há alguma convergência entre o deus cristão e os outros deuses, uma vez que o assunto é muito extenso, bem como é um terreno muito árido e pouco trilhado dentro da igreja evangélica brasileira.
O conceito de deus é um conceito genérico. Por Deus podemos entender alguém que tem um campo de ação, ou um nível de ação maior, ou mais qualificado que o homem. Deus portanto é algo ou alguém que pode fazer coisas que para os homens seria impossível ser feito. Assim como narrado no evangelho. “O que é impossível aos homens, é possível para Deus.” Portanto um deus tem essa característica, i.e, pode agir num nível maior que o humano, e por isso mesmo é ele adorado por aqueles que o serve.
No entanto, como dissemos antes, o conceito de deus é genérico e portanto pode ser aplicado a todos os deuses dentro do mundo. Sabemos também que o conceito de deus é histórico e historicamente construído tendo por isso mesmo sofrido várias alterações no decorrer da história. Deus, desde os hindus, (primeira religião sistematizada que conhecemos) era visto como um ser que possuía características excepcionais. No caso específico do hinduísmo, havia vários deuses, e cada um representava algo, era uma sociedade politeísta.É bom fazermos uma distinção entre a esfera do sagrado e a esfera do divino. O divino é posterior ao sagrado. Vemos em várias comunidades primitivas adorações aos totens, bem como a veneração de algum animal ou algo que, segundo eles, teria um campo de ação maior que o humano. A sacralização portanto não precisa ser atribuída a uma divindade, mas o que vemos é que, a divindade provém de um refinamento do aspecto sagrado.
O que começa com uma adoração da natureza, passa com o tempo à adoração de uma “pessoa” que está para além do homem. Para se tratar do deus cristão, o ponto de partida é o relato bíblico de onde vem a maior parte das nossas concepções sobre o deus que servimos. Na Bíblia, Deus é o único Deus verdadeiro e digno de ser adorado. Esse Deus dos israelitas se revelava de várias formas, no antigo testamento. Mas sempre que perguntado sobre seu deus, o povo de Israel respondia: “O nosso Deus é aquele que nos tirou da terra da escravidão, nos conduziu pelo deserto, nos deu o maná etc...” Deus era revelado pelos seus atos na história do povo de Israel.
O Deus do israelita era um Deus que agia na história e que tinha como meta a libertação do povo de Israel. Deus portanto era agente na história do povo. Esse Deus que não muda, continua sendo portanto um deus que age na história. O evento mais marcante desse Deus que age na história é a vinda de Jesus. Em Jesus, Deus se revela na história da forma mais própria. Jesus representa portanto esse Deus revelado na história, agora não mais apenas do povo de Israel, mas um Deus revelado a todo aquele que crer.
Em Jesus, a libertação do povo acontece de forma visível por meio das curas, dos milagres, e de todas as outras coisas feitas por Cristo enquanto estava na Terra. Deus portanto continua se revelando ao povo na história, visando sempre a libertação deste. Jesus antes de morrer na cruz e ressuscitar disse aos discípulos que enviaria um consolador. Esse consolador é o espírito Santo enviado da parte de Deus para convencer o homem do pecado, da justiça, e do juízo.
O Deus cristão que será objeto do nosso estudo, será esse Deus que age na história e que por meio de Jesus consuma seu plano de salvação do homem na história, e por meio do espírito santo consola o homem para que ele possa viver da melhor forma possível aqui na terra, visando à instauração do reino de Deus. “Venha a nós o teu reino.”
Como passo didático iniciaremos o estudo sobre Deus por meio dos atributos de Deus.
Em teologia sistemática, não tem como falar sobre Deus a não ser por meio de seus atributos. A única saída seria a teologia negativa onde poderíamos falar o que Deus não é, mas nunca o que ele é, uma vez que Ele, em essência, seria indizível.
Mas aqui, não tomaremos por base a teologia negativa, mas sim, partiremos da idéia da associação entre atributos de Deus e Deus em si. Sabemos que tal associação em si é arriscada, no entanto, esperamos ter nela um bom ponto de partida, sabendo sempre que como qualquer ponto de partida, sempre pode haver outro em outro lugar, talvez mais bem colocado que o nosso.
Estudemos o tema então...
terça-feira, 20 de abril de 2010
Tédio
quinta-feira, 15 de abril de 2010
sobre o vento
Fiquei a pensar nisso. Realmente o vento sopra onde quer, não tem como impedi-lo de assoprar, não podemos fazer com que ele cesse, ele sopra onde quer. Os que são nascidos do Espírito são como o vento.
terça-feira, 13 de abril de 2010
Felicidade simples
Bolo com café numa manhã fria entre montanhas, só falta a sua doce companhia.
Às vezes, para que as manhãs fiquem melhores, pouca coisa é necessária,
Hoje por exemplo, apenas sua doce companhia já seria suficiente.
Felicidade simples.
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Um poema de Alberto Caeiro
Peguei um livro de poesia do Alberto Caeiro ontem para ler. Foi amor a primeira vista.
Reproduzo uma parte de um poema que achei muito interessante e que li hoje.
Espero que gostem. O poema é de um conjunto de poesias chamado "O guardador de rebanhos".
Há metafísica bastante em não pensar em nada.
O que penso eu do mundo?
Sei lá o que penso do mundo!
Se eu adoecesse pensaria nisso.
Que idéia tenho eu das coisas?
Que opinião tenho sobre as causas e os efeitos?
Que tenho eu meditado sobre Deus e a alma e sobre a criação do mundo?
Não sei. Para mim pensar nisso é fechar os olhos
E não pensar. É correr as cortinas
Da minha janela (mas ela não tem cortinas).
O mistério das cousas? Sei lá o que é mistério!
O único mistério é haver quem pense no mistério.
Quem está ao sol e fecha os olhos, começa a não saber o que é o sol e a pensar muitas cousas cheias de calor. Mas abre os olhos e vê o sol, e já não pode pensar em nada, porque a luz do sol vale mais que os pensamentos de todos os filósofos e de todos os poetas.
A luz do sol não asbe o que faz e por isso não erra e é comum e boa.
Metafísica? Que metafísica têm aquelas árvores?
A de serem verdes e copadas e de terem ramos
E a de dar fruto na sua hora, o que não nos faz pensar,
A nós, que não sabemos dar por elas.
Mas que melhor metafísica que a delas,
Que é a de ão saber para que vivem
Nem saber que o não sabem?
(...)
O único sentido íntimo das cousas
É elas não terem sentido íntimo nenhum.
Não acredito em Deus porque nunca o vi.
Se ele quisesse que eu acreditasse nele,
Sem dúvida que viria falar comigo
E entraria pela minha porta dentro
Dizendo-me Aqui estou !
(...)
Mas se Deus é as flores e as árvores
E os montes e sol e o luar,
Então acredito nele,
Então acredito nele a toda a hora
E a minha vida é toda uma oração e uma missa,
E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos.
Mas se Deus é as árvores e as flores
E os montes e o luar e o sol,
Para que lhe chamo eu Deus?
Chamo-lhe flores e árvores e montes e sol e luar;
Porque, se ele se fez, para eu o ver,
Sol e luar e flores e árvores e montes,
Se ele me aparece como sendo árvores e montes
E luar e sol e flores,
É que ele quer que eu o conheça
Como árvores e montes e flores e luar e sol.
E por isso eu obedeço-lhe
(Que mais sei eu de Deus que Deus de si próprio?),
Obedeço-lhe a viver, espontaneamente,
Como quem abre os olhos e vê,
E chamo-lhe luar e sol e flores e árvores e montes,
E amo-o sem pensar nele,
E penso-o vendo e ouvindo,
E ando com ele a toda a hora.
Alberto Caeiro, "O guardador de rebanhos" retirado do livro "Poesias".